12 de abril de 2018

2018: Eleições, Lula preso e guerra comercial. Como investir?

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Enquanto, por um lado, no mercado financeiro já havia uma ampla expectativa com respeito a prisão do ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, a qual foi sacramentada após o mesmo se entregar no sábado (7/4), em São Bernardo do Campo e ser conduzido à Curitiba, por outro, não se esperava o início de um conflito comercial entre os Estados Unidos e China.

O presidente americano, Donald Trump, apontou nas últimas semanas a intenção de aumentar a medida de protecionismo na economia americana utilizando-se de uma elevação nas tarifas de importação de um leque de itens importados da China. Inicialmente, Trump indicou que o montante tributável seria de aproximadamente US$ 50 bilhões. Após retaliação pública por parte dos chineses, que indicaram elevação de tarifas para um valor semelhante ao sugerido no primeiro momento pelo presidente americano, Trump retrucou sugerindo dessa vez um total de US$ 100 bilhões de importações passivas de tributação.

A guerra comercial entre Estados Unidos e China não agradou o mercado, que mostrou certo nível de descaso com a prisão efetiva de Lula e passou a reduzir o apetite pelo risco de moedas e ativos de países emergentes, mediante o risco de descompasso no crescimento global sincronizado.

No Brasil, a grande questão paira sobre quais serão os candidatos a corrida pela Presidência da República. O mercado vem dando sinais de maior sensibilidade a candidatos de extrema direita e esquerda. Os principais gestores de fundos multimercado, visão mais próxima de portfólio de pessoa física por conta de diversificação de investimentos, vem reduzindo ou hedgeando suas posições táticas compradas em bolsa brasileira, até que o cenário eleitoral se torne mais claro.

Os investidores com perfil arrojado e, principalmente, com visão de longo prazo para suas posições, podem aproveitar-se da atual volatilidade do mercado de ações para montarem suas posições de renda variável e aproveitarem as oportunidades de entrada que o mercado pode apresentar. Em evento recente na Verde Asset, o time de renda variável informou que o otimismo da casa para o setor de bancos é eminente.

A alocação de recursos no âmbito da pessoa física passa, em grande parte, pelo perfil do investidor. Na Blackbird, nós buscamos entender a ability (habilidade) e willingness (inclinação) do investidor em tomar risco em suas alocações. Absorver tais informações é fundamental para a análise de volatilidade adequada para construção e sugestão de alocação. Os investidores de perfil moderado, tendem a ter uma menor adequação nesse momento em ingressar no mercado de bolsa com escolha livre de ações. O mercado espera no horizonte de curto prazo uma volatilidade maior por questões fora do âmbito econômico, com forte especulação baseada em política.

Uma alternativa interessante para o momento são fundos multimercado de média/alta volatilidade. A classe de ativos tende a performar de forma mais relevante durante períodos de incerteza e volatilidade. A adequação de estratégia para combinação de quais fundos geram valor ao investidor, através de análise de correlação, é um desafio constante na Blackbird. O trabalho do nosso time de research é encontrar ativos que, alocados de maneira conjunta, geram valor substancial na mitigação de risco de portfólio. Observamos resultados importantes vindo da análise do nosso time interno. Convido aqueles que ainda não conhecem as estratégias que aplicamos a conhecerem nosso time.

 

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