10 de fevereiro de 2020
Wrap Up Semanal
Brasil
Ministério do Desenvolvimento Regional será comandado por Marinho
Essa semana, o presidente Jair Bolsonaro elegeu Rogério Marinho para ser o novo ministro do Desenvolvimento Regional. Dentro do ministério, está a pasta de orçamento e organização do programa Minha Casa Minha Vida que está sendo reformulado para esse próximo ano.
Rogério Marinho, antes de assumir o posto, foi um dos principais participantes da articulação da Reforma da Previdência. Marinho era responsável pela área de Previdência e Trabalho do Ministério da Fazenda.
O posto assumido antes pertencia a Gustavo Canuto, que agora exonerado, vai ser responsável por cuidar da Dataprev, e do INSS.
O Ministério do Desenvolvimento Regional, e sua respectiva liderança, são responsáveis pelo repasse de verbas para estados e municípios, fazendo com que sua cadeia principal tenha grande papel político.
As expectativas para o próximo tempo de governo de Marinho são boas, principalmente pelo eleito ter um melhor relacionamento com o Congresso e com o Ministério da Economia.
O antigo ministro, Canuto, era visto de forma diferente, com projetos às vezes não compatíveis com o orçamento da pasta, voltados mais para uma boa imagem do setor em geral, que acabavam por não serem finalizados.
Após reabertura do Congresso, Reforma Administrativa deixa de ser prioridade para 2020
Depois das férias do Congresso, os trabalhos já foram novamente iniciados com as prioridades elencadas para o próximo ano explicitadas pelo presidente Jair Bolsonaro.
Com a reabertura, o presidente colocou como foco a necessidade da votação de outros projetos, como privatizações, a tão esperada reforma tributária, e a maior autonomia do Banco Central.
Outros destaques comentados incluem o Plano Mais Brasil, como esperado desde o ano passado.
A reforma administrativa é principalmente voltada para modificações no funcionalismo do governo, ou seja, mudanças dos servidores públicos e suas carreiras.
O ministro da casa civil, Onyx Lorenzoni, ao comentar sobre a reforma, afirmou que a mesma viria de forma mais natural, sem proposta concreta nesse próximo ano.
O papel de Rodrigo Maia, Ministro da Câmara, será essencial nas aprovações das propostas de 2020.
2020 começa com IPCA de janeiro o menor desde 1994
Após uma alta não esperada no índice de inflação, o IPCA, em dezembro de 2019, 2020 começou em desaceleração, atingindo 0,21%. O número ficou ainda abaixo das médias calculadas com margens superiores e inferiores, que iam de 0,56% a 0,28%.
O último mês de 2019 teve sua alta de 1,15% principalmente guiada pelo aumento dos preços nas carnes e passagens aéreas. O índice nacional de preços ao consumidor foi o menor para o mês desde 1994.
Ainda assim, a meta de inflação para 2020 segue em 4%, com a margem de 1,5 pontos para cima ou para baixo.
Ao analisar os possíveis causadores da queda na inflação, foi colocado que o índice de difusão diminuiu também. Este é responsável por identificar o quão difusa foi a inflação sobre diferentes categorias de produtos e setores.
Em âmbito nacional, metade dos estados apresentou inflação abaixo da meta, e metade acima. Entre os abaixo ficaram alguns como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. Entre os estados acima da meta, ficou São Paulo, Goiânia e Fortaleza.
Para esse próximo ano, esperava-se um aumento mais significativo da inflação e aquecimento da economia. Enquanto isso, o governo fez também mais uma reunião essa semana para decidir sobre novos cortes na taxa de juros brasileira. No final, o Banco Central decidiu por cortar mais uma vez a Selic, diminuindo-a para 4,25%, a mínima histórica do país
Internacional
Trump é inocentado no impeachment e ganha preferência na corrida eleitoral
Após problemas no partido Democrata e final positivo para Trump no processo de impeachment, o cenário da corrida eleitoral americana pode ter mudado completamente. O primeiro fator foi a falta de capacidade do partido de oposição a Trump na contagem de para seus representantes. O partido tinha escolhido um método digital para a contagem de votos, que decidiria qual candidato lideraria o partido na corrida eleitoral, porém o sistema digital falhou e a votação teve que ser realizada analogicamente. O momento abriu espaço para críticas ao partido, inclusive vindas de Donald Trump
Além disso, o atual presidente foi absolvido em seu processo de impeachment. Para o julgamento de Trump, o senado precisava de 67 votos a favor da condenação. Porém, em nenhum dos processos (um sobre abuso de poder quanto à Ucrânia e outro sobre obstrução do Congresso). O resultado disso: Trump está confirmado para reeleição e tem 49% de aprovação entre os americanos, o maior índice desde que assumiu o governo.
Coronavírus continua a se desenvolver
O vírus que surgiu no início de 2020 continua a tomar proporções de grandes doenças. Atualmente, o vírus tem proporções de grandes epidemias, como o Sar. O vírus vem se tornando cada vez mais transmissível, porém, menos letal. Apesar disso, a alta taxa de mutação do vírus já fez uma nova variação surgir na França.
Quanto aos mercados, ainda não houve evolução. As bolsas mundiais seguem cautelosas quanto ao Coronavírus. A produção e exportações, não foram freadas, assim como a OMS sugeriu.
Principais índices financeiros
Bolsa
Apesar dos ganhos do Ibovespa no começo da semana, eles foram apagados no decorrer do período pelo fato de preocupações relacionadas ao coronavírus e realizações de lucros.
Além disso, no período de curto prazo, o caso do coronavírus vai afetar o crescimento da China. Segundo a S&P Global Ratings, é previsto uma redução de 5,7% para 5% o crescimento da China em 2020.
Do lado das empresas, nesta semana, Bradesco, Lojas Renner e Klabin divulgaram resultados positivos em relação ao quarto trimestre de 2019.
Dólar
Nesta semana, o dólar bateu o maior valor da história, chegando a ser cotado a R$4,32. O motivo que levou ao recorde é de que dados referentes a economia americana se fortaleceram em relação aos países emergentes, mostrando um aumento na criação de vagas de empregos e dados de serviços acima da expectativa do mercado, resultados que podem levar ao aumento da taxa de juros americana.
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