1 de março de 2019

Aprenda a tomar risco de forma responsável

 

Por Vitor Brilhante

Tempo de leitura: 6 minutos

“O risco vem de não saber o que você está fazendo”

– Warren Buffet

Risco é sinônimo de incerteza. Chance de perda. Possibilidade de sucesso. Porém, há uma forma de avaliar se o risco representa atratividade em certos ativos do mercado financeiro. Outrossim, é possível avaliar o quanto de retorno o risco de um ativo pode entregar. Em meio a um balcão de incertezas, o índice de Sharpe, ou IS, é um instrumento fundamental para iluminar o caminho do investidor.

O instrumento de Sharpe

O índice criado por William Sharpe permite medir a rentabilidade que uma aplicação apresenta. Por meio de uma equação matemática, o IS avalia a relação risco e retorno; esse cálculo subtrai do retorno do ativo o retorno livre de risco, que, no Brasil, geralmente é medido pela taxa CDI, muito próxima da SELIC. O resultado disso é dividido pela volatilidade da ação. Em suma, a fórmula se apresenta desta forma:

 

      

 

Cada variável na fórmula criada por Sharpe é fundamental para compreender como a rentabilidade é formada. A diferença entre o risco do ativo e do mercado representa alto impacto no IS. A taxa CDI (Certificado de Depósitos Interbancários), representa o retorno entregue pelas aplicações entre bancos, sua série histórica é um teto de segurança dos retornos de aplicações; quanto mais próximo do CDI, menor costuma ser o risco. Outro fator relevante é a volatilidade. Ela permite dar compreensão sobre a flutuação de um ativo. No mercado, isto é sinônimo direto de risco. As quedas e altas do ativo, são representantes de oportunidades e, mesclada à volatilidade com os retornos do ativo e do mercado, podem dar a noção de segurança e clareza sobre a estabilidade da aplicação. É com esse propósito que o Índice de Sharpe foi criado.

Entendendo risco e retorno no Índice de Sharpe

Com este posicionamento e informação, o IS indica a relação risco x retorno. Os resultados do Índice de Sharpe podem ir de um numeral negativo até o infinito positivo; segundo Sharpe, quanto maior o valor resultante da conta, melhor a rentabilidade do ativo.

Isso é possível, pois a força do IS é compreender o risco. A instabilidade de uma aplicação é embasada pela falta de conhecimento na mesma. Assim como Warren Buffet apresenta, o risco pode ser uma ferramenta de segurança no mercado financeiro. A informação necessária para se compreender o risco pode vir de diversas fontes boas porém, desconexas. O segredo é concatenar essas fontes. O que índice faz é isso; conecta a informação advinda da progressão de retorno de um ativo, com sua flutuação.

Um conceito aplicável nos investimentos

A informação entregue pelo Índice de Sharpe é muito útil para mensurar a atratividade de fundos de investimento. A correlação matemática do índice permite dar grande noção de como o fundo está progredindo. Assim como uma carteira de investimentos, um fundo é composto por mais de um ativo, cada qual com sua progressão e volatilidade. O índice potencializa a análise e permite inferir qual fundo tem a base mais concreta para segurar a disposição e inclinação de risco do investidor.

O mesmo ocorre para a carteira de investimentos pessoal. A grande diferença é que na carteira, as decisões recaem sobre a pessoa física. Isso permite com que o investidor potencialize e maximize a performance de sua carteira. Por exemplo, em um cenário em que dois ativos que precisam ser comparados e o ativo XPTO apresenta maior rentabilidade que o ativo BLACK. Porém, utilizando a ferramenta de Sharpe, o ativo BLACK apresenta um IS maior. Analisando de forma responsável e buscando encontrar os melhores resultados, é preferível escolher o ativo BLACK, pois, a longo prazo, este investimento tem maior probabilidade de atingir maior retorno com menor risco.

Se tornando um investidor responsável

A grande sacada para se tornar responsável ao tomar risco, é trabalhar com diversas fontes de referência. O Índice de Sharpe não é a única forma de inferir rentabilidade do risco, existem outros índices, como o de Treynor. A diferença entre ambos é evidente em sua fórmula, ao invés de utilizar a volatilidade como denominador, utiliza o Beta, que basicamente mensura a sensibilidade de um ativo em relação a conjuntura do mercado. Porém, em relação à informação, os dois demonstrativos apresentam uma grande distância e, neste caso, o Índice de Sharpe se destaca como opção de mensuração de rentabilidade.

Por isso, o índice é uma boa fonte de seguridade quando é necessário tomar decisões. Utilizando uma fórmula concreta e com o propósito de obter uma visão macro sobre os ativos, garante grande informação. Isso permite com que a visão de investidor seja maximizada, pois no mercado financeiro, em paralelo com o mundo contábil, a informação é norteadora de sucesso.

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