14 de fevereiro de 2019

Dividendos: Um atrativo para seus investimentos

Por Vitor Brilhante

Tempo de leitura: 6 minutos

Um benefício a se considerar

Para além da grande possibilidade de retorno nos investimentos, o mercado de renda variável também apresenta outros atrativos para quem compra ações. Além das variações nos preços das ações, este mercado também tem a opção da distribuição de dividendos para os investidores. Porém, muitos não conhecem o que são dividendos e como funciona a sua distribuição.

Princípios básicos

Os dividendos, nada mais são do que a distribuição de lucros para os sócios acionistas das empresas. Esta parte do lucro da empresa costuma ser distribuída durante certos períodos, que não necessariamente são obrigatórios; os períodos costumam ser mensais, semestrais ou anuais. A empresa que distribui seu lucro como dividendo também pode optar como este “bônus” será entregue. Existem duas formas que o lucro pode ser distribuído: em dinheiro, ou outras maneiras para estimular o reinvestimento direto.

Por isso, é necessário atentar como a empresa na qual está sendo aplicada o investimento distribui seu lucro por dividendos. Diferente do que muitos apresentam, a distribuição de 25% do lucro em dividendos não é obrigatória, porém, esta é a política que a B3 preza e busca manter para empresas cadastrada. Isto ocorre pois, de acordo com o artigo 202 da lei 6.404/76, esta porcentagem pode variar e ser deliberada dependendo do caso da empresa e sua resolução com a instituição.

Sendo a empresa ser uma repartidora de seus lucros, existem diversas maneiras de fazer isso, além dos dividendos. Dentre as alternativas utilizadas pelas organizações existem as bonificações de ações, que são as distribuições de ações no lugar dos dividendos; dividendos one-time, uma distribuição de dividendos fora da ordem dos períodos de distribuição; ou uma forma muito comum de distribuição, os Juros sobre Capital Próprio (JCP). O JCP é muito próximo, tanto em conceito, quanto em aplicação dos dividendos, a única diferença entre ambos é a sua tributação. Sobre os dividendos, o Imposto de Renda é nulo, pois está distribuição abate o imposto diretamente da empresa, enquanto o JCP abate o imposto do beneficiado, que acaba por sofrer uma tributação de 15% do valor recebido.

Uma forma de avaliar a performance

Devido a periodicidade dos pagamentos de dividendos, é possível avaliar como a empresa está performando. Por meio de uma comparação, o índice Dividend Yeld (DY) apresenta, por meio de uma porcentagem, a distribuição de dividendos de uma organização e culmina em uma comparação do desenvolvimento do índice anualmente. Normalmente, um índice que apresenta resultados positivos se encontra a partir de 5%, enquanto índices que estão acima da média resultam por volta de 7%.

Além disso, índices como a porcentagem de lucro que a organização separa para dividir nos dividendos e a margem líquida de lucro da empresa, ajudam a compreender mais a performance da empresa. Estas informações influenciam diretamente nos índices e valores dos dividendos.

Inferências que os dividendos podem apresentar

De acordo com as bases da contabilidade financeira, quanto mais informações forem coletadas sobre uma empresa, mais especializada será a análise sobre ela. Trazendo isso para o mundo do mercado financeiro, é possível ter mais certeza sobre os investimentos realizados.

Um exemplo de como as inferências podem ajudar na tomada de decisões de seus investimentos é atentar a consistência e periodicidade do pagamento de dividendos. A não regularidade no pagamento destes pode ser sinônimo de uma empresa que pode vir a ser não estável. Isto porque os dividendos representam distribuição de lucro, sendo assim, não regularidade pode demonstrar uma empresa que está tendo dificuldades e não crescimento. Somando esta hipótese ao Índice DY, cujo apresenta seu crescimento inversamente proporcional às cotações das ações, esta relação ainda pode representar o aumento da volatilidade das ações, de acordo com sua cotação. Dependendo do perfil de investidor, isto pode ser tanto um atrativo, quanto um motivo para aumentar a atenção.

Ainda é possível viver de dividendos?

Esse é sonho possível, porém, restrito àqueles que tem maior poder econômico. É necessária uma grande quantia investida em ações de uma empresa para que a pequena parcela de distribuição de dividendos se torne um montante considerável para utilizar como renda.

Tendo como exemplo-hipótese, uma pessoa que possui um pequeno capital para investir em renda variável e que tem o sonho de viver de dividendos. É possível que ele tome duas opções para administrar seus investimentos. Um destino é optar pelo risco, ou seja, escolher investir em pequenas empresas, entrantes no mercado, esperando o crescimento, valorização e retorno em seus dividendos. Outra opção é utilizar os dividendos a longo prazo, investindo e reinvestindo, aumentando seu montante aos poucos, porém com menos riscos.

Concluindo, a distribuição de lucros por pagamento de dividendos é uma forma, atualmente, mais utilizada como atrativo de acionistas para comprar ações, um estimulante pela confiança e dinheiro investido na empresa. É possível utiliza-los de maneiras muito positivas em questões estratégicas para investimentos, ou como forma de bônus extra ao fim do ano. Porém, a menos que o valor investido na organização seja alto, é de certa forma, complicado utilizar dividendos como fonte de renda.

Trabalhe com quem entende sobre o tema

O mercado de renda variável pode ser muito atrativo para certas pessoas, uma vez que temos inúmeras historias de pessoas que fizeram furtunas através dele. O mais importante é saber onde o seu capital está sendo investido, para isso conte com uma assessoria personalizada que trabalhe em função dos seus investimentos. Conte com a Blackbird Investimentos.

 

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