23 de janeiro de 2020

Estamos prestes de uma crise econômica mundial?

Por: Ruann Barbosa

Os sinais de preocupação com uma grande crise mundial vêm crescendo nos últimos anos. Analistas e economistas apostam que dificilmente passará de 2021 e que desta vez será pior que em 2008.

O cenário de início de tragédia é dado com base no estágio econômico de diversos países. O principal polo de negócios do mundo, Wall Street, vem marcando recordes históricos de crescimento. O índice Dow Jones, por exemplo, subiu 25% no ano passado e a Nasdaq, a principal bolsa de tecnologia do mundo, acumulou alta de mais de 33%. Algo que você pode achar estranho comentarmos como motivo para uma crise, mas quando olhamos o desenvolvimento dos EUA podemos perceber uma incongruência com uma das principais teorias macroeconômicas: ciclos econômicos.

A maior economia do mundo desempenha seu segundo maior ciclo de expansão contínua, mas com base em algumas análises podemos identificar alguns fatores de risco como o afrouxamento da taxa de juros, tensões comerciais, recentes turbulências no mercado financeiro e instabilidade política internacional.

Em cenários de crise, uma política econômica passível de ser adotas pelo estado é o desenvolvimento do PIB com base na estímulo do consumo das famílias. Para isto, o governo utiliza como mecanismo a redução da taxa de juros. A postura dos Estados Unidos e das principais economias do mundo é de forte redução das taxas e esta medida faz com que os países não tenham esta alavanca no controle de gastos da sociedade, ou seja, basicamente, em uma possível crise global, poucos países poderão evitá-la ou desenvolver-se adotando esta medida.

Outro fator que propicia a queda da economia global é a grande parcela de países que tem registrado crescimentos robustos. Tamanhos crescimentos de economias globais podem soar como um fator de positivo (que de fato é), porém quando analisamos o ciclo econômico mundial, podemos enxergar o sinal de alerta.

O ciclo econômico pode ser explicado como sendo uma flutuação natural que ocorre numa economia de tempos em tempos, partindo do ponto que uma economia nunca será estavelmente positiva. Para melhor entendimento do termo, todo ciclo econômico é formado por quatro estágios principais: Expansão, boom, contração e recessão. Em outras palavras é um natural que um país tenha períodos de retração bem como um momento de crescimento.

 

A maioria das análises apontam que a maior parte da economia global encontra-se no momento que antecede uma crise, e isto fez com que muitos se perguntassem se já existem sintomas de uma próxima recessão e quando ela pode acontecer de fato, já que os Estados Unidos e grandes economias de uma maneira geral apresentam diversos recordes de performances econômicas.

Outro risco destacado são as tensões política e comercial: vivemos o longo entrave entre os Estados Unidos e a China, com aumento de tarifas, que afetam o resto do mundo além de diversos conflitos internacionais como o mais recente entre EUA e Irã.

A grande dificuldade, que nenhum economista jamais saberá fazer, é cravar em qual momento do ciclo algum país está. Fato é, que não há ainda uma grande parcela de especialistas no assunto confirmando que viveremos um período de recessão em breve, porém as evidências e as chances são reais, a maioria cética defende que esta crise não passará de 2021 e que pode ser mais forte que a última, ocorrida em 2008. Por isso, é necessário sempre ter um especialista que elabora a estratégia de investimentos mais adequada para qualquer que seja o cenário. Para isto, conte com o time da Blackbird Investimentos.