Por: André Chicago
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Em um cenário de queda da taxa de juros no país, o investidor brasileiro buscou alternativas de investimentos e a bolsa de valores bateu recorde em números de pessoas físicas que compram e vendem ações das empresas listadas diariamente. Para que essas empresas possam ser acessadas por eles, ela deve possuir suas ações negociadas em bolsa, e isso ocorre através de um IPO.

O Initial Public Offering, ou IPO, é um processo fundamental para uma empresa abrir seu capital e ter suas ações negociadas na bolsa. Através dele, os investidores que adquirirem as ações ofertadas, passam a se tornar sócios de um pedaço da empresa. Eventos de IPO costumam agitar o mercado por ser um momento único para uma companhia, que passará a ofertar suas ações pela primeira vez.

As ofertas públicas primárias significam que todos os recursos arrecadados com o IPO entrarão no caixa da empresa para expandir suas operações ou realizar investimentos de acordo com seus objetivos. Já as ofertas secundárias são realizadas entre os próprios investidores e os recursos transitados não são destinados a empresa. As aberturas de capitais são muito importantes para manter o mercado sempre aquecido com empresas novas e aumentar o número de opções de companhias que o investidor pode ter em seu portfólio. Normalmente, as empresas que decidem realizar um IPO divulgam o destino para o qual os recursos vão ser utilizados, sejam em tecnologias ou para a execução de ideias inovadoras. O investidor também é beneficiado com o crescimento da empresa através dos pagamentos de dividendos e com a valorização de capital das ações da mesma.

Vale ressaltar que nem todo IPO é interessante. A empresa deve convencer o mercado de que ela possui uma vida financeira saudável, que está pouco endividada e que o destino do recurso captado será enriquecedor. Para isso, antes de realizar o IPO, a empresa precisa passar por algumas etapas.

A primeira consiste em escolher um banco que irá coordenar e acompanhar todo o processo de IPO juntamente com a companhia. Este banco fica responsável por aconselhar a empresa e conversar com os investidores.

A segunda etapa consiste no processo de Due Dilligence, no qual é feito todo um processo de auditoria da empresa para analisar os riscos do negócio.

A terceira etapa segue depois que as duas primeiras estão encerradas, começando então o roadshow, no qual a empresa, juntamente com seu banco de escolha, viaja para diversas cidades com o intuito de conversar com os investidores e apresentar o pitch do negócio, além de coletar a possível demanda do IPO através do bookbuilding e os preços que os investidores estão dispostos a pagar em cada ação. Apenas após finalizada esta etapa que será decido qual será o preço de oferta.

A etapa final será o dia do IPO. Após a demanda dos investidores e o preço definido é feito o IPO junto a bolsa de valores escolhida, quando então as ações serão ofertadas oficialmente. Com isso, a empresa é obrigada a divulgar resultados trimestrais para o público e divulgar relatórios sobre suas operações. A leitura destes são feitos por especialistas que passam a recomendar ou não as ações das companhias analisadas. Para saber mais sobre o mercado de ações e investimentos, conte com o time da Blackbird.