7 de junho de 2018
O que é Asset Allocation?
Tempo de leitura: 5 minutos.
Por Gustavo Velez
Quando o assunto é investimentos para muitas pessoas vem à cabeça as aplicações financeiras mais populares, como: poupança, CDB, LCI, LCA, tesouro direto e ações. Esses são alguns dos diversos ativos que compõem a cesta de produtos ofertados pelos bancos e outras instituições financeiras. Nessa oferta, muitas vezes devido a pressão das instituições em “vender’’ investimentos, acabam sendo distribuídos aplicações sem nenhuma diversificação, como se apenas um tipo de investimento pudesse atender todos os anseios dos clientes. Porém, é possível e recomendável que todos investimentos sejam diversificados em um portfólio, dividindo o capital entre eles de forma a atender perfeitamente os perfis e objetivos pessoais de cada investidor. Esta estratégia de investimento é conhecida como Asset Allocation.
A Asset Allocation passa por alguns processos antes de ser feitas. O primeiro deles é a definição do perfil do investidor. Existem três tipos de perfis, são eles: conservador, moderado e agressivo.
O investidor com perfil conservador normalmente se sente mais confortável com investimentos que tragam retornos constantes e sem muita volatilidade. Os retornos tendem a ser menores em comparação ao investidor de perfil moderado ou agressivo. As aplicações mais indicadas são as de as de renda fixa ou fundos de renda fixa. Pessoas com perfil moderado tendem a correr mais riscos do que os conservadores, com um portfólio diversificado e de maior volatilidade, sendo ele dividido em rendas fixas, multimercados e pode até ter uma pequena parcela em ações. Já o agressivo é o investidor que está disposto a expor o capital a um alto nível de volatilidade, a fim de obter maiores rentabilidades. As aplicações indicadas seriam as de renda variável como: ações, derivativos e moedas.
Definido o perfil de investidor, já é possível saber quais serão as classes de ativos escolhidas, a próxima característica necessária para dar continuidade ao trabalho é a necessidade de liquidez. Alguns investidores podem deixar uma porcentagem dos seus investimentos, em caso de eventuais emergências, em liquidez diária, ou seja, uma aplicação que pode ser resgatada e liquidada no mesmo ou em poucos dias. As aplicações destinadas a essa “reserva de emergência” normalmente não estão expostas a alta volatilidade.
O terceiro ponto a ser levado em consideração é o prazo de investimento. Por diversas circunstâncias, os investidores podem ter preestabelecido o prazo em que deixarão os recursos investidos, isso implicará no tempo de liquidez destes ativos, e também, se respeitado o perfil de investidor, as volatilidades das aplicações. Quanto maior for o prazo de investimento, mais adequada está carteira ficará para investimentos voláteis, pois no curto prazo eles podem ter oscilações negativas, mas no longo, tendem a superar com relevância os investimentos conservadores.
Tendo estes pontos em mente, é dado o caminho para a Asset Allocation, a partir daí, as classes de ativos serão selecionadas, e o tempo de liquidez dos investimentos definidos. Agora, o ultimo passo é descorrelacionar os investimentos escolhidos. Isso pode ser feito diversificando os mercados acessados, em ações por exemplo, podemos investir em empresas de setores diferentes, em renda fixa, ter aplicações pós e pré fixadas, com proteção a inflação e também investir em títulos de diferentes empresas, de modo que se um mercado vai mal, o outro não será afetado, compensando perdas.
É necessária uma equipe especializada na montagem deste tipo de estratégia e não apenas distribuindo produtos financeiros de sua própria instituição. Conte um bom assessor de investimentos para a montagem ideal de seu portfólio.
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