Por: Ruann Barbosa
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A Bolsa de Valores é um campo de muitas oportunidades. No entanto, grande parte dos investidores enxergam somente parte destas. A parte ignorada são ativos normalmente sem muita visibilidade ou exposição, mas que apresentam, provavelmente o maior potencial de valorização patrimonial a bolsa, as chamadas Small Caps.

Small Caps são ações de menor capitalização negociadas na bolsa, tendo normalmente valor de mercado entre US$ 300 milhões e US$ 2 bilhões. Por conta disto, a atração, e consequentemente a negociação, destes papéis tem comportamento praticamente oposto ao de grandes ações da bolsa.

Para acompanhar e entender o comportamento destas ações, a antiga BM&FBOVESPA, criou o SMLL (Índice Small Caps) aferindo, de modo segmentado, o retorno de uma carteira composta somente por estas empresas.

Na prática, o SMLL funciona como o Ibovespa (IBOV) – um índice que é composto uma carteira teórica de ativos. A diferença entre as duas é que, no primeiro, além das já comentadas empresas de baixa capitalização, o índice apresenta somente considera empresas listadas na Bolsa que não fazem parte das BDRs. Além disto, para compor o índice, a empresa não pode estar em má administração, ou seja, recuperação judicial ou extrajudicial, regime especial de administração temporária e intervenção.

O intuito da criação do índice, em 2005, foi de metrificar de uma maneira geral o desempenho destas ações menores, e junto a isto foi possível também acompanhar com mais assertividade a variação e comparar com outras estratégias de investimentos, tal como investir diretamente em nas empresas Small Caps ou em empresas consolidadas que fazem parte do Ibovespa.

Desta forma, analisamos os dois índices, comparando num período de 2006 a 2017 o SMLL e o Ibovespa.

Variação Ibovespa 2006-2017: 5,6%; variação SMLL 2006-2017: 9,0%. Fonte: BM&F Bovespa — Estatísticas históricas.

Podemos observar, neste material comparativo acima, uma variação de 9% do SMLL frente a 5,6% do Ibovespa no período, o que nos revela que os ativos de menor capitalização, na média, valorizam mais que as principais ações listadas na bolsa. Contudo, é necessário certa precaução ao analisar estes dados.

Nesta variação não estão sendo englobado os riscos de ambas as partes, que neste caso, são maiores quando olhamos para os ativos listados no SMLL. As Small Caps oscilam mais que as ações de empresas mais sólidas, além de outros riscos envolvidos:

• Baixa liquidez:Dificuldade em transformar as ações em dinheiro.
• Informações insuficientes para análise:Por se tratar de pequenas e médias empresas, nem sempre serão disponibilizadas informações suficientes para ponderar a estratégias de investimentos.
• Maior volatilidade:A variação na cotação destes papéis é mais intensa, o que pode gerar maiores perdas, levando a maior dificuldade em analisar o real do preço do ativo.
• Baixa previsibilidade de crescimento:Juntamente a todos os outros riscos e fatores negativos mencionados, é possível concluir também a forte incerteza quanto ao real potencial de crescimento destas empresas, o que pode ocasionar numa perda de investimento no longo prazo.

Com isso, é possível entender o que são Small Caps, e o principal índice destas ações, bem como os riscos e o potencial envolvido nos mesmos. Sempre conte com profissionais que possam te auxiliar na melhor decisão de investimentos, a assessoria da Blackbird Investimentos conta com os melhores profissionais para auxiliá-lo(a) em sua composição de carteira.