3 de setembro de 2018
Wrap Up Semanal
Brasil
Com apoio de serviços, PIB brasileiro cresce 0,2% no segundo semestre
A pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou um crescimento de 0,2% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Os dados foram coletados de abril a junho, e correspondem a R$1,693 trilhão em valores correntes.
Se compararmos com o mesmo período de 2017, o crescimento apresentado foi de 1%. A estimativa realizada pelo Valor Data, apontava um crescimento esperado de 1,1%, com um intervalo de 0,4% e 1,5%. Na indústria e serviços, houve um avanço econômico de 1,2%, enquanto a agropecuária teve baixa de 0,4%.
A greve dos caminhoneiros em maio foi um fator a frear o crescimento da indústria. Em contrapartida, o setor de serviços teve crescimento de 0,3% nos três meses até junho.
Em julho, consumo brasileiro de energia sobe 1,4%
Levando em conta o volume de energia gasto em julho de 2017, o consumo de energia em julho de 2018 subiu 1,4%. Os dados divulgados pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética) mostraram que o consumo elétrico em julho foi de 37.894 gigawatts, contra 37,353 em julho do ano passado. No ano, o consumo sobe 1,1% no acumulado até julho, em comparação com o mesmo período do ano passado.
As altas foram em todas as classes de consumo, residencial, industrial e comercial, e apresentaram diferenças consideráveis em comparação com o ano de 2017.
Boa vista apresenta risco de colapso devido ao fluxo de imigrantes
O general Gustavo Henrique Dutra, responsável pela operação de Garantia da Lei e da Ondem (GLO) em Roraima, disse que é contrário ao fechamento da fronteira com a Venezuela, pois isso dificultaria a contabilização do número de refugiados que chegam em solo brasileiro, fugindo do desastre econômico que assola a nação venezuelana.
Segundo cálculos, cerca de 500 venezuelanos cruzam a fronteira brasileira todos os dias, e já há de 2.000 a 3.000 pessoas vivendo nas ruas de Roraima. Pelos números apresentados, a cidade tende a inchar cada vez mais, e a insatisfação dos moradores tende a aumentar. Para o general, ao menos 1000 venezuelanos deveriam ser mandados embora da cidade até o fim do ano.
Internacional
Peso se desvaloriza 15% e Argentina recorre novamente ao FMI
Na quinta feira, dia 30, o peso argentino sofreu uma desvalorização de 15% em relação ao dólar. Também, a Argentina elevou sua taxa básica de juros de 45% para 60%. Neste ano, a moeda já acumula perda de valor de 51,50%. Com isso, o ministro da Fazenda argentino, Nicolás Dujovne, marcou nova viagem a Washington para pedir auxílio ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Tal movimento afetou o Brasil por levar investidores a descrença nos países emergentes. Atrás apenas do bolívar soberano, a moeda venezuelana, o peso argentino foi a moeda dos países emergentes que mais se desvalorizou este ano.
Em junho, a Argentina já havia fechado um acordo com o FMI de que honraria cercas metas econômicas em troca de um empréstimo. O país solicitou um montante de US$ 50 bilhões ao fundo, porém, este liberou apenas US$ 15 bilhões, sendo o resto liberado à medida em que o país cumpra as metas citadas acima. A Argentina necessita de cerca de US$ 82 bilhões para pagar seus compromissos nos próximos anos. A agência de ratings S&P ameaçou inclusive rebaixar a nota da Argentina, alegando que estudará se o país poderá honrar com suas dívidas nos próximos três meses.
PIB da Índia sobe 8,2% no segundo trimestre de 2018
Os dados divulgados na semana que passou mostraram que o PIB da Índia apresentou um crescimento de mais de 8% no segundo trimestre de 2018. O resultado, 8,2%, foi consequência das tensões comerciais e da preocupação com os mercados emergentes, que levou a uma maior demanda por produtos domésticos, isto é, fabricados em solo nacional.
Enquanto economias comparáveis à Índia, como a Turquia e o Brasil, tiveram suas economias ainda afetadas por crises internas, o país indiano manteve sua posição como primeira economia que mais cresce em todo o globo, superando até a China, que provavelmente ainda terá seus resultados afetados pela guerra comercial que vem travando com os EUA.
Principais índices financeiros
Bolsa
Na semana passada, o índice apresentou leve alta, principalmente devido a menor aversão ao risco no exterior, e a expectativa em relação ao julgamento do registro de candidatura do ex-presidente Lula. O Ibovespa fechou a sexta-feira (31) em alta de 0,36% aos 76.677 pontos, e terminou a semana com ganhos acumulados de 0,54%. No entanto, em agosto fechou em baixa de 3,21%.
Nesse contexto, tivemos na ultima sexta-feira Petrobras PN (+2,45%), BB ON (+0,57%), Bradesco PN (+1,36%) e Itaú PN (+1,37%).
Agosto foi um mês bem marcante em relação ao desempenho do Ibovespa comparado com o dólar, que subiu 8,49% no período. A própria valorização da moeda americana ajudou o índice a manter resiliência, uma vez que o mercado de ações brasileira se tornou mais barato em dólar, atraindo investidores estrangeiros.
Dólar
Na última sessão de agosto, o dólar fecha com a maior queda diária em seis semanas. Operadores comentam que os investidores comprados em dólar vinham segurando a divisa em patamares elevados, no entanto, assim que a Ptax foi definida, abriu mais espaço para se embolsar os lucros.
Na sexta, o dólar comercial fechou em queda de 1,72%, em R$ 4,07. Para o UBS, a tensão eleitoral deve manter o prêmio de risco elevado até outubro, pressionando a taxa de câmbio. No entanto, conforme as dúvidas vão sendo destruídas, após outubro, o mercado brasileiro ganhará espaço para uma recuperação.
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