2 de dezembro de 2018
Wrap Up Semanal
Brasil
Exportação de soja deve bater recorde em 2018
Uma das maiores forças do Brasil no comércio internacional é a exportação de commodities, sendo uma das principais delas a soja. O desempenho da exportação deste produto em 2018 vem demonstrando excelentes índices que dão motivos para celebrações dos exportadores.
O Brasil é líder do ranking internacional, posição que ele vem disputando com os Estados Unidos. A projeção para este ano é que o Brasil consiga atingir no fim do ano, 80 milhões de toneladas. Se isso realmente acontecer, o Brasil fechará o ano com resultado de 19,4% acima do ano passado.
Este volume superou as expectativas para o setor. A projeção para este ano era de 70 milhões de toneladas. É fato que este resultado é devido também ao câmbio favorável, dos bons preços na cotação de commodites e também a guerra comercial entre EUA e China.
O atual diretor da ANEC (Associação Nacional de Exportadores de Cereais) destacou que: “ o Brasil é competitivo em qualquer situação e não precisa que os Estados Unidos tenham problemas comerciais com a China” e não deu certeza da continuidade do bons resultados para o ano de 2019. “Vamos crescer em 3% na produção, mas precisamos esperar um pouco mais para estimar se as exportações poderão crescer também”.
PIB brasileiro chega a 1,7 trilhão no terceiro trimestre
O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no Brasil, chegou a 1,7 trilhão no terceiro trimestre, que representa um crescimento de 0,8% em relação ao mesmo período de 2017.
Os dados foram divulgados no dia 30 de novembro pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e indicam também que o Brasil cresceu 1,4% ao se comparar os quatro últimos trimestres.
Para Guardia, atual Ministro da Fazenda, o resultado mostra que o Brasil está “em linha” com o que é esperado para este ano e “demonstra uma recuperação gradual e constante da economia brasileira”.
“Nunca mais seremos um país socialista” diz filho de Bolsonaro
Em viagem aos Estados Unidos, o deputado Eduardo Bolsonaro, disse em entrevista a Fox News americana que o país não será mais “um país socialista”. Eduardo foi ao Estados Unidos em uma tentativa de se aproximar mais do país norte-americano e para transmitir com clareza como serão as diretrizes do futuro governo de Jair Bolsonaro.
Estamos muito otimistas porque o Brasil está mudando de uma gestão extremamente socialista para uma economia muito mais liberal. O que eu vim fazer aqui nos Estados Unidos é dar os primeiros passos para o resgate da nossa credibilidade e mandar uma mensagem clara de que nunca mais seremos um país socialista”, disse.
Nas últimas semanas, a família Bolsonaro vem sofrendo críticas sobre o que seria uma tentativa do presidente eleito a se aproximar ou até mesmo imitar Donald Trump. Eduardo falou a respeito também, alegando que assim como seu pai, Trump “não segue a agenda do politicamente correto”,
Internacional
Principais destaques do encontro dos G20: Discussões sobre a OMC, acordo de Paris e guerra comercial
No último sábado, encerrou-se na Argentina a reunião dos G20 – grupo das 20 maiores economias globais. Os principais assuntos debatidos entre os líderes mundiais que participaram do evento foram o acordo de Paris e mudanças no comércio global. Investidores do mundo todo também se atentaram ao debate entre Donald Trump e Xi Jinping a respeito da guerra comercial que vinha sendo travada entre eles.
O acordo de Paris, que busca impor mudanças aos países na questão do combate as variações climáticas e o estímulo de geração de fontes de energia limpa, foi assinado entre todos os países participantes do evento, com exceção dos Estados Unidos. O presidente americano decidiu sair do acordo pois segundo sua análise, o documento traz desvantagens para o seu país para beneficiar outros.
A respeito do comércio global, os países participantes do G20 chegaram ao consenso de que é necessário que se faça uma reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC), aumentando as relações multilateral entre países e a diminuição do protecionismo, para que todos possam atingir um crescimento forte, sustentável e equilibrado. O presidente norte-americano, por sua vez, mostrou desinteresse nesta reforma, pois os Estados Unidos se beneficiam com a atual atuação da OMC.
Após o fechamento do evento, Trump e Xi se reuniram em um jantar, para conversarem sobre a atual guerra comercial travada entre China e Estados Unidos. No encontro, o presidente americano concordou em não aumentar a alíquota de impostos sobre produtos importados Chineses, de 10% para 25% no primeiro dia de 2019. Embora este encontro entre os presidentes tenha sido de certa forma amigável, espera-se que os líderes ainda cheguem a um consenso em relação à guerra comercial em até 90 dias – caso contrário, Trump ameaçou impor novas tarifas.
Declaração de Jerome Powell a respeito da taxa de juros traz euforia a mercados internacionais
O presidente do Federal Reserve, banco central norte-americano, declarou que a taxa de juros está “logo abaixo” da taxa neutra, onde não haveria desestímulo da economia devido a altas taxas de financiamento das empresas e ao mesmo tempo, controle da inflação.
Esta afirmação animou os mercados globais, que precificavam decisões de alta continua da taxa de juros. Isto pois em outubro o presidente do órgão havia afirmado que haveria um “longo caminho” até a taxa neutra.
Principais índices financeiros
Bolsa
A última semana foi marcada pelo rompimento da máxima histórica, em 90 mil pontos, do Ibovespa na última sexta-feira. Apesar do ocorrido, o índice se acomodou nos 89 mil pontos após o leilão de ajuste.
No acumulado da semana, o índice acumulou alta de 3,80% e em novembro a alta foi de 2,38%. No ano, o Ibovespa sobe 17,15%.
Entre os destaques, Cielo ON sobe 6,85% (mesmo sendo um papel tido como descontado) e Suzano ON 5,3%, que se beneficia da alta demanda de investidores, após cumprir todas as exigências para a fusão com a Fibria. Destaque também para Usiminas PNA 4,12%, que é conhecida por um beta alto em Ibovespa.
Dólar
O mês de novembro se encerrou com um clima de aversão ao risco no mercado cambial. Somando a escalada que ocorreu nas últimas semanas, a sexta-feira fechou em movimento de leve alta.
Um dos motivos que gerou uma maior pressão ao real, foi a ansiedade dos mercados referente ao encontro do G-20 deste fim de semana.
Para se ter uma noção da proporção deste evento, dentre 33 divisas globais, apenas 4 escaparam do fortalecimento do dólar. O evento foi importante principalmente por englobar a disputa econômica entre EUA e China, que vem se arrastando nos últimos meses.
No fechamento, o dólar subiu 0,18%, aos R$3,8581. No mês de novembro a alta ja representa 3,64%, retratando o real como um dos piores desempenhos globais.
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