8 de outubro de 2018
Wrap Up Semanal
Brasil
Jair Bolsonaro e Fernando Haddad fazem segundo turno nas eleições de 2018
Com o término do período eleitoral, aos poucos foram divulgados os resultados das eleições de domingo (07/10) e às 20h50 de Brasília, com um total de 95,57%, foi decretado o segundo turno nas eleições para presidente do país.
A campanha eleitoral para primeiro turno terminou conforme previsto pelas diversas pesquisas eleitorais. Jair Messias Bolsonaro (PSL) enfrentará Fernando Haddad (PT) no dia 28/10 no segundo turno eleitoral. Bolsonaro teve 46% dos votos válidos contra 29% de Haddad.
Confira o resultado final dos candidatos a presidência no primeiro turno:
- Jair Messias Bolsonaro (PSL) – 46,03%
- Fernando Haddad (PT) – 29,28%
- Ciro Gomes (PDT) – 12,47%
- Geraldo Alckmin (PSDB) – 4,76%
- João Amoedo (NOVO) – 2,50%
- Cabo Daciolo (PATRI) – 1,26%
- Herinque Meirelles (MDB) – 1,20%
- Marina Silva (REDE) – 1,00%
- Àlvaro Dias (PODEMOS) – 0,80%
- Guilherme Boulos (PSOL) – 0,58%
- Vera Lucia (PSTU) – 0,05%
- Eymael (DC) – 0,04%
- João Goulart Filho (PPL) – 0,03%
Após um longo período de estabilidade, Petrobrás comercializa gasolina mais barata que exterior
Desde de julho de 2017 a empresa vem adotando pequenos ajustes diários para impactar menos o valor de repasse da variabilidade externa ao consumidor. E depois de um ano, a empresa voltou a praticar preços abaixo dos valores de importação.
Um dos grandes problemas com relação ao preço da gasolina no Brasil era o grande número de ajustes de preço do produto. Num período entre julho de 2017 e agosto de 2018, a Petrobrás fez em média 18 ajustes por mês. Fato este totalmente oposto do recente planejamento interno da empresa, onde no último mês foram feitos apenas 4, o que permitiu a empresa, operar preços abaixo dos valores de custo de importação.
Todavia é necessário aguardarmos para quaisquer avaliações a respeito da política de preços atual da empresa. Para especialistas, um mês é um período muito curto para julgamentos positivos ou negativos.
Brasil sai do radar de investimentos de empresas alemãs
Para empresários de grandes companhias alemãs, um sistema tributário falho e um excesso de burocracia geram um cenário econômico e político conturbado, tornando Brasil um país não atrativo para investimentos, fazendo então com que estes executivos visem novos horizontes.
Um dos pilares mais fortes que os executivos se baseavam para aplicações no Brasil era do mercado de 210 milhões de consumidores, todavia, devido a instabilidade macroeconomia, o perfil de consumo do Brasil mudou e agora este pilar deixa de sustentar os investimentos alemães.
Para eles, o Brasil precisa priorizar rapidamente as reformas, principalmente da previdência, para que o país torna-se atrativo novamente.
Previsão de crescimento do Brasil é cortada 2,4% para 1,2% pelo Banco Mundial
Altos déficits fiscais, incerteza quanto a situação política no país e apreensão dos mercados. Esses são alguns dos motivos que fizeram com que o Banco Mundial cortasse pela metade a previsão de crescimento do Brasil, de 2,4% para 1,2%. Para 2019, a projeção para o desenvolvimento econômico também diminui, de 2,5% para 2,2%.
Para a América Latina a previsão de crescimento é de 0,6% esse ano e de 1,2% para o calendário de 2019. Quando se abstrai a Venezuela, o desenvolvimento passa a ser de 1,6% e 2,1% para 2018 e 2019, respectivamente. A razão dessa baixa na previsão de desenvolvimento na América do Sul se justifica pela instabilidade de mercado na Argentina, a desaceleração do crescimento do Brasil, o agravamento da situação na Venezuela e uma piora da conjuntura internacional.
Internacional
Brasil pode ser alvo de tarifas em relações com os EUA
Após a conclusão do novo acordo entre os EUA, México e Canadá, que irá substituir o Nafta, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump criticou a postura do Brasil, dizendo que o país trata as companhias norte-americanas “injustamente”.
A afirmação foi dita durante entrevista sobre o novo acordo comercial, conhecido como USMCA. Segundo o ex-negociador do Brasil na OMC, José Alfredo Graça Lima, a frase indica que o Brasil pode vir a sofrer um ataque comercial dos Estados Unidos.
O presidente Donald Trump também destacou o poder do uso de tarifas nas relações comerciais com outros países. Segundo ele, “por causa do poder das tarifas e do poder que temos com elas, nós, em muitos casos, não precisamos nem usá-las”.
Reforma previdenciária proposta por Putin reflete em protestos pelo país
A reforma previdenciária que havia sido proposta pelo presidente russo Vladimir Putin foi sancionada, apesar dos protestos feitos pela população.
Com esta aprovação, a popularidade do presidente russo deve diminuir em relação a março, onde ele havia sido reeleito com mais de 70% dos votos.
A principal proposta da reforma foi o aumento da idade mínima para aposentadoria, que aumenta para 65 ante 60 anos para os homens e 60 ante 55 anos para as mulheres.
Pressionado pela revolta da população, o presidente propôs uma maleabilidade da reforma.
Itália é advertida pela UE sobre “desvio significativo” de política fiscal
Um profundo confronto entre Roma e Bruxelas é aguardado, devido a um “desvio significativo” das políticas fiscais feito pelos planos orçamentários da Itália, afirmam autoridades da União Europeia.
O ministro da economia da Itália, Giovanni Tria, foi avisado por comissários europeus de que os planos orçamentários italianos produziriam um significativo dano estrutural do orçamento de 0,8 pontos percentuais em 2019.
A União Europeia reivindicou da Itália uma melhora estrutural de 0,6 pontos percentuais para o próximo ano.
Principais índices financeiros
Bolsa
O último pregão antes do primeiro turno das eleições brasileiras foi marcado pela realização dos lucros dos investidores, acompanhada por um alto volume de negociações. O Ibovespa fechou a sexta feira com baixa de 0,76%, com 82.322 pontos, gerando o volume de R$12,3 bilhões movimentados.
Como os principais destaques positivos da semana, temos Cemig PN (+7,45%), seguida por Qualicorp (+4,84%) e CVC (+4,80%). Nas baixas do dia, temos Petrobras ON caindo (-0,37%) e PN cedendo (-0,25%).
Após o primeiro turno das eleições, os investidores se mantiveram positivos em relação ao resultado das urnas, que trouxe confiança para a vitoria de Bolsonaro no segundo turno. O otimismo deve se manter nas próximas semanas, até a chegada do segundo turno, no dia 28 de outubro.
Dólar
Mesmo antes do inicio do primeiro turno, o mercado de câmbio brasileiro se mostrava levemente otimista. Pegando carona na queda global do dólar, o real se aprecia na sexta-feira e entra no grupo de divisas que mais se valorizaram na semana.
O dólar comercial terminou a semana com queda de 1,01%, a R$3,8547, nível mais baixo desde 9 de agosto de 2018, quando o dólar atingiu R$3,8023. Na sexta, após dados econômicos mais fracos que o esperado nos EUA, as moedas emergentes em geral se valorizaram. Na semana, o dólar acumulou baixa de 4,53%, recuo mais forte desde o primeiro trimestre de 2016.
Para esta semana, esperamos um leve otimismo nos mercados brasileiros, dado o resultado de primeiro turno, que mostrou a alta intenção de votos para Bolsonaro, que por muito pouco não venceu a disputa.
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