15 de janeiro de 2018

Wrap Up Semanal

Brasil

S&P rebaixa nota de crédito do Brasil

A agência internacional de risco Standard&Poor’s (S&P) rebaixou na última quinta-feira (11/01) a nota de crédito soberano do Brasil de “BB” para “BB-“. Com isso, o rating do país segue sem o selo de bom pagador, mas agora está três degraus abaixo do grau de investimento. Já a perspectiva para a nota mudou de negativa para estável.

O rebaixamento já era esperado por parte do mercado em razão das dificuldades do governo para conseguir a aprovação da reforma da Previdência.

Na justificativa para a decisão, a agência apontou como “uma das principais fraquezas do Brasil” o atraso na aprovação de medidas fiscais que reequilibrem as contas públicas.

Além da dificuldade em aprovar reformas com efeitos de longo prazo, a S&P destacou ainda que “ocorreram retrocessos até mesmo com medidas fiscais de curto prazo – como uma determinação para suspender o adiamento das altas de salários dos funcionários públicos”.

O Ministério da Fazendo divulgou uma nota afirmando que o governo federal se mantém comprometido com a consolidação fiscal.

Em maio do ano passado, a agência chegou a colocar o Brasil em observação para um iminente rebaixamento após as delações dos irmãos Batista, da JBS, envolvendo o presidente Michel Temer. Mas, em agosto, retirou o alerta e manteve o rating do país em moeda estrangeira e local em “BB”, e em perspectiva negativa.

Apesar do rebaixamento, a agência colocou o Brasil em perspectiva estável – ou seja, sem previsões para novo corte no curto e médio prazo. Isso se justifica, segundo a agência, pelo “perfil externo comparativamente sólido do Brasil e a flexibilidade e credibilidade de sua política monetária e cambial”.

 

Fonte: G1, escrito por Karina Trevizan e Darlan Alvarenga. 

IPCA sobe mais do que o esperado em dezembro, mas fecha 2017 abaixo da meta pela 1ª vez

A inflação oficial do Brasil surpreendeu em dezembro e subiu mais do que o esperado, por conta dos preços dos alimentos e transportes, mas ainda assim fechou 2017 no menor nível em 19 anos e abaixo do piso da meta pela primeira vez, mantendo o caminho aberto para mais redução dos juros básicos.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou no ano passado alta de 2,95 por cento, nível mais baixo desde 1998 (1,65 por cento) e depois de ter encerrado 2016 com avanço de 6,29 por cento, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou abaixo da meta do governo de 4,5 por cento, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, algo inédito desde que o regime de metas de inflação foi definido, em 1999.
Só em dezembro, o IPCA acelerou a alta a 0,44 por cento, sobre 0,28 por cento em novembro, e acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,30 por cento. O resultado no ano também superou o esperado, de 2,80 por cento.

A pressão no último mês do ano veio principalmente da alta de 0,54 por cento nos preços de Alimentação e Bebidas, após sete meses seguidos de deflação, devido às festas de fim de ano.

O grupo Transportes também subiu bastante (1,23 por cento) no mês passado, com destaque para os preços de passagens aéreas mais altos (22,28 por cento) e da gasolina (2,26 por cento). Juntos, com impacto de 0,18 ponto percentual, estes dois itens representaram 41 por cento do IPCA de dezembro.

Mas apesar de os alimentos terem pesado no mês passado, 2017 marcou a única vez que o grupo apresentou deflação anual (1,87 por cento) desde a implantação do Plano Real em 1994, por conta da supersafra.

Na outra ponta, o maior impacto positivo no ano foi exercido por Habitação, com alta de 6,26 por cento nos preços, seguido de Saúde e Cuidados Pessoais, com avanço de 6,52 por cento.

Segundo o IBGE, 10 itens do IPCA de 2017 responderam por 87 por cento do indicador, sendo boa parte formada por preços administrados. Só o impacto do preço da gasolina foi de 0,41 ponto percentual no ano passado.

Fonte: Terra

 

Juiz federal suspende medida provisória que permite privatização da Eletrobras

O juiz Carlos Kitner, da 6ª Vara Federal de Recife, concedeu na quinta-feira (11/01) uma liminar (decisão provisória) para suspender o Artigo 3º da Medida Provisória (MP) 814, editada em 29 dezembro de 2017, que retirava de uma das leis do setor elétrico a proibição de privatização da Eletrobras e de suas subsidiárias.

A ação popular foi aberta na terça-feira (9) pelo advogado Antônio Accioly Campos. Ele questionou a revogação, pela MP, do Artigo 31 da Lei 10.848/2014, que excluía a Eletrobras e suas controladas (Furnas, Companhia Hidroelétrica do São Francisco, Eletronorte, Eletrosul e a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica) do Programa Nacional de Desestatização.

Na decisão, Kitner afirma que o governo federal não justificou a urgência de editar uma MP “no apagar das luzes” do ano passado “para alterar de forma substancial a configuração do setor elétrico nacional”.

Segundo o juiz, apesar de haver estudos sérios que atestam o crescente endividamento das empresas públicas do setor elétrico, as leis sobre o setor não poderiam ser modificadas sem a “imprescindível” participação do Congresso Nacional nas deliberações sobre o tema.

Fonte: EBC, Agência Brasil, escrito por Felipe Pontes. 

CVM veta compra de Bitcoins por fundos locais

A Comissão de Valores Mobiliários vetou na última sexta-feira, a compra direta de criptomoedas, como o Bitcoin, por fundos de investimentos do país.

Segundo o superintendente de relação com investidores institucionais da autarquia, Daniel Maeda, até março, a CVM deve ter uma postura concreta sobre o tema. Nos Estados Unidos, por exemplo, a regulamentação não veda tal investimento, porém casos específicos já foram negados, como a constituição de ETFs em criptomoedas.

A decisão foi pautada em preocupações de que a modalidade pode induzir seu uso para lavagem de dinheiro, uma vez que há dificuldades para enxergar o beneficiário final das negociações, entre outras.

Internacional

Inflação na Argentina sobe e supera a meta

De acordo com seu Banco Central, a inflação da Argentina fechou o ano acima da meta. O índice de dezembro foi o mais alto de 2017, 3,1% acima do mês anterior. O acumulado do ano ficou em 24,8%.

O motivo da alta se deu por conta do aumento dos preços dos serviços públicos, como eletricidade e transporte. A eletricidade, gás e os combustíveis tiveram alta de 17,8% enquanto os transportes subiram 3,2%. Tais itens entram na política de reajuste do governo do presidente Mauricio Macri e portanto tiveram mudança em suas tarifas.

Economistas americanos estão otimistas com seu país

Economistas americanos ouvidos pelo Wall Street Journal tem altas expectativas para 2018. Isso inclui expansão de 2,7% do PIB do país e queda da taxa de desemprego para 3,8% em dezembro.

Um dos motivos para tal previsão é a reforma tributária aprovada mês passado, que diminui a carga tributária para empresários de 35% para 21%.

Ainda assim, acreditam ser cedo para avaliar o desempenho de Trump, uma vez que quando assumiu o governo, este já vinha com uma taxa de desemprego em queda  e um crescimento estável, porém lento.

Principais índices financeiros

Bolsa

A bolsa fechou a última sexta-feira acumulando alta de 0,35%, perdendo força após dois dias de realização de lucros, com 79.349 pontos, muito próximo do recorde do dia 8 de janeiro, 79.379 pontos.

Uma ação que colaborou com a dificuldade para o índice subir foi a Ambev, quinta ação mais negociada no dia 12 e que teve queda de 1,14%, fechando a R$ 21,60. Entre as blue chips, a Petrobras ON subiu 0,77% e a Vale 0,57%.

Além disso, as siderúrgicas, que vinham tendo sucessivas altas, também passaram por fortes correções, levando o índice mais para baixo. A CSN, no caso, teve baixa de 3,13%, representando a segunda maior queda do Ibovespa.

Dólar

Ainda com o rebaixamento da nota do país pela S&P, o dólar seguiu na direção contrária e fechou o terceiro pregão em baixa, sendo cotado a 3,20 reais, menor patamar em 12 semanas. No acumulado das duas primeiras semanas de 2018, a moeda teve baixa de 3,25%, deixando o Real na quarta posição com melhor desempenho no período.

A possível condenação de Lula, no dia 24 de janeiro, explica a reação do mercado. Caso o ex-presidente seja impedido de competir na campanha eleitoral, economistas acreditam que o dólar pode chegar a 3,10.

 

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