19 de novembro de 2018
Wrap Up Semanal
Brasil
Varejo tem queda inesperada de 1,3% no último período analisado
O volume de vendas do setor varejista sofreu queda de 1,3% no mês de setembro. O órgão responsável pela avaliação e divulgação do setor, IBGE, divulgou nesta semana o resultado do mês de setembro. Este número representa uma desaceleração do consumo brasileiro, depois de um aumento de 2% nas vendas em agosto.
O cálculo para o desempenho do setor é feito baseado em oito atividades do varejo, sendo que em setembro de 2018, seis das oito tiveram queda – somente os setores de i) móveis e eletrodomésticos e ii) tecidos, vestuários e calcados tiveram alta de 2,0% e 0,6% respectivamente.
Ainda assim, se comparado aos últimos 12 meses o resultado é positivo. Considerando setembro como último mês do ano, o comércio varejista acumula uma alta de quase 3,0% em comparação com o mesmo período em 2017. O resultado é ainda melhor quando se coloca o mês de agosto como horizonte temporal final. Neste, a alta é de quase 3,5%, o que demonstra um bom desempenho e a recuperação do varejo.
Após divergências entre Governos, Cuba anuncia o término do programa Mais Médicos no Brasil
O governo cubano afirmou na última quarta-feira (14) que não fará mais parte do programa Mais Médicos – que teve início em 2013 com o governo Dilma e tinha como principal intuito suprir a falta de médicos no Brasil. Os médicos cubanos tinham importante participação na saúde pública brasileira, atendendo regiões e populações extremamente isoladas e com baixíssima renda.
O ministério da saúde de Cuba justificou a tomada de decisão alegando que as exigências feitas por Jair Bolsonaro são “inaceitáveis” e “violam” antigos acordos. O futuro presidente se defendeu em sua conta no Twitter: “Condicionamos à continuidade do programa Mais Médicos a aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura e a liberdade para trazerem suas famílias. Infelizmente, Cuba não aceitou”, disse o presidente eleito, na rede social. “Além de explorar seus cidadãos ao não pagar integralmente os salários dos profissionais, a ditadura cubana demonstra grande irresponsabilidade ao desconsiderar os impactos negativos na vida e na saúde dos brasileiros e na integridade dos cubanos
Lula faz novo depoimento a lava-jato no caso do sítio de Atibaia
Na quarta-feira (14) o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva depôs em mais um interrogatório da Operação Lava-Jato. Desta vez a pauta do depoimento era sobre o sítio em Atibaia, interior de São Paulo.
Um dos principais pontos do interrogatório foi a presença da juíza Gabriela Hardt, que comandará o processo após o juiz Sergio Moro ter aceitado o convite para ser Ministro da Justiça. Havia uma certa ansiedade por parte dos envolvidos para saber como seria a postura da nova juíza do caso.
Logo no início da sessão a juíza advertiu Lula após o petista questioná-la se ele era ou não o dono do sítio. A juíza respondeu, assiduamente: “Se começar nesse tom comigo, a gente vai ter problema”.
O sítio é investigado pela Lava-Jato devido a suspeita de que foram feitas reformas de melhorias no local pagas por empreiteiras investigadas por corrupção, como a OAS e Odebrecht. Em defesa, Lula sustenta que frequentava o local, porém não é proprietário do sítio.
Internacional
Protestos na França contra o preço da gasolina crescem
No último sábado (17/11), um dos participantes de uma das manifestações contra o aumento do preço da gasolina na França foi atropelado e faleceu, e outros 200 ficaram feridos.
A vítima foi atropelada por uma mulher que estava encaminhando a filha ao médico e entrou em pânico ao se deparar com as ruas bloqueadas devido às manifestações.
Em resposta a estes movimentos, o presidente da França Emmanuel Macron disse que não irá reduzir os impostos sobre o preço do combustível por acreditar que, adotando esta medida, a França irá se tornar independente de combustíveis fósseis no longo prazo.
Além do protesto contra o preço da gasolina, os manifestantes reclamam contra a alta taxa de desemprego no país e as dificuldades encontradas para sobrevivência.
O governo francês havia informado que não iria proibir as manifestações, porém não iria tolerar a ocupação de estradas. Por tal motivo, o movimento foi respondido com o uso de gás lacrimogênio e detenções.
Uma petição contra o aumento de impostos sobre a gasolina obteve aproximadamente 860 mil assinaturas e é estimado que mais de 282 mil cidadãos tenham se manifestado.
China e Coréia do Sul entram em consenso por cooperação
Os presidentes da China e da Coréia do Sul reuniram-se neste último sábado (17/11) e discutiram sobre o aprofundamento da parceria de cooperação entre os dois países e a questão da Península coreana.
Segundo os presidentes, os países têm demonstrado eficácia na implementação dos consensos estabelecidos em busca da cooperação nos últimos anos.
O presidente chinês também demonstrou interesse em acelerar as negociações entre os dois países na questão do acordo bilateral de livre comércio.
Outro assunto que entrou em pauta após o encontro dos dois presidentes foi a questão da Península coreana. O presidente chinês Xi Jinping vê com otimismo o avanço das negociações acerca da desnuclearização das duas Coréias. O papel dele tem sido fundamental no processo de alívio de tensões por meio de diálogo e promoção da paz na península coreana.
Principais índices financeiros
Bolsa
Com um ambiente melhor, tanto interno quanto externo, o Ibovespa termina a semana em forte recuperação. A melhora da bolsa americana, juntamente com a expectativa para a formação da equipe econômica do novo governo levaram o índice a uma excelente recuperação.
O Ibovespa encerrou a ultima sexta-feira (16) em alta de 2,96%, aos 88.515 pontos. No acumulado da semana a alta foi de 3,36% e no mês o índice acumula 1,25% de valorização.
Entre os destaques, temos Itaú Unibanco (+3,09%), Bradesco ON (+5,56%) e PN (+4,5%), Vale (+1,79%) e Petrobras ON (+3,16%).
Dólar
Entre as principais divisas globais, o real encabeçou o melhor desempenho do dia na última sexta-feira (16). Somado a queda global do dólar, o real ainda contou com uma recepção positiva a divulgação de Roberto Campos Neto como presidente do Banco Central.
No fechamento da semana, o dólar teve queda de 1,28%, sendo cotado a R$3,73.
Durante a semana, o presidente Donald Trump anunciou a possibilidade de reduzir a carga tributária em produtos chineses, isso diminuiu o clima de aversão ao risco no mercado global, criando um cenário positivo para as economias emergentes.
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