20 de janeiro de 2019
Wrap Up Semanal
Brasil
Bolsonaro assina decreto que flexibiliza a posse de armas
O presidente Jair Bolsonaro, conforme dito antes mesmo de ser eleito, assinou um decreto que facilita a posse de armas de fogo. O documento foi assinado nesta terça-feira (15), no Palácio do Planalto.
O direito à posse autoriza que os brasileiros possuam arma de fogo em casa ou no trabalho, caso o dono da arma seja responsável pelo estabelecimento comercial. Para circulação externa com posse de arma, as regras são mais criteriosas e não foram tratadas no decreto.
As novas regras estabelecem que se o cidadão quiser ter uma arma em casa, ele deve cumprir algum dos seguintes critérios:
- Atuar em cargos públicos, sendo eles: Agentes de segurança, funcionário da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), agentes penitenciários, funcionários do sistema socioeducativo e trabalhadores de polícia administrativa;
- Ser militar;
- Residir em área rural;
- Residir em área urbana de estados com índices anuais de mais de dez homicídios por cem mil habitantes, segundo dados de 2016 apresentados no Atlas da Violência 2018.
Além disso, ficam estabelecidas as mesmas exigências do antigo vigor de posse de arma:
- Obrigatoriedade de cursos para manejar a arma;
- Ter ao menos 25 anos;
- Ter ocupação lícita;
- Não estar respondendo a inquérito policial ou processo criminal;
- Não ter antecedentes criminais nas justiças Federal, Estadual (incluindo juizados), Militar e Eleitoral;
- Ser dono ou responsável legal de estabelecimentos comerciais ou industriais;
- Ser colecionador, atirador e caçador, devidamente registrados no Comando do Exército.
STF suspende investigações do assessor de Flavio Bolsonaro
O STF mandou suspender as investigações sobre movimentações suspeitas de Fabrício Queiroz, ex assessor de Flavio Bolsonaro. O caso foi interrompido pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal.
A decisão do ministro foi dada nesta última quarta-feira (16) e teve como justificativa o fato de que Flavio Bolsonaro passou a ter foro privilegiado, já que o filho do atual presidente tomará posse como senador em fevereiro.
Seguindo Fux, o caso se manterá suspenso até que Marco Aurélio Mello, relator do caso, tome alguma decisão sobre o mesmo.
Atividades econômicas crescem 1,38% em 2018
Em apenas 11 meses de 2018 a atividade economia brasileira cresceu 1,38%. O índice, chamado de IBC-Br, mede a evolução da economia do país, e é de extrema importância para o cálculo referencial da equipe do Banco Central em tomadas de decisões sobre a taxa de juros vigente.
O resultado é muito positivo e se abrirmos o horizonte temporal de comparação o crescimento é ainda maior, chegando a quase 1,5% se compararmos de novembro de 2017 a novembro de 2018. O relatório do IBC- Br (índice de atividade econômica do Banco Central) foi divulgado na última quinta-feira (17) pelo próprio BC.
Internacional
Enquanto venezuelanos passam fome, Maduro viaja no tempo
Esta semana, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) alertou sobre a desnutrição de cerca de três milhões de venezuelanos. Os refugiados da Colômbia buscaram abrigo no país para escapar da crise econômica. A ONU, responsável pelo programa ofereceu ajuda ao país caso este solicitasse.
Ainda assim, Nicolás Maduro está focando em pronunciamentos duvidosos sobre o futuro da Venezuela. Na mesma semana em que o PMA explicou sobre a situação dos refugiados, Maduro disse, em pronunciamento oficial frente aos militares do país, que foi ao futuro, voltou e que está tudo bem na Venezuela.
Theresa May busca acordo para evitar impasse com Brexit
A Prêmie britânica, Theresa May, busca criar um acordo bilateral com a Irlanda para superar o impasse em volta da incerteza do Brexit. A saída da Inglaterra da União Europeia (atitude chamada de Brexit) ficou estagnada após recuo da Irlanda a respeito da decisão.
O propósito do trato seria minimizar os impactos da saída da União Européia. Porém, a Irlanda recuou no acordo com a justificativa de que a Comissão Europeia não iria aprovar a atitude.
Principais índices financeiros
Bolsa
De olho no andamento da reforma da previdência, o aumento da confiança dos investidores foi firme para levar o IBOV ao patamar histórico de 96 mil pontos. No ano, o ganho com índice já chega em quase 10%.
A bolsa terminou a sexta feira aos 96.097 pontos. Na semana o índice avançou 2,60%, e do ínicio do ano até agora, acumula um avanço de 9,34%.
No exterior, a recuperação da bolsa americana proporcionou um maior suporte para a volta da procura por ativos de risco o que, consequentemente, favoreceu o Ibovespa.
Entre os destaques da semana, as ações da Eletrobrás valorizaram 5%. Na quinta feira, a empresa informou que abrirá, nesta segunda-feira (21), um novo plano de demissão consensual, que fornecerá uma economia de R$574 milhões no ano.
Para esta semana, o grande catalisador para um ambiente ainda mais otimista será o texto da reforma fiscal, que deverá ser abordado por Paulo Guedes durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos. A expectativa é que a pauta chegue a Jair Bolsonaro até domingo.
Dólar
Esta semana o dólar apresentou sua primeira alta semanal, desde meados de dezembro de 2018. A queda de braço é entre o otimismo local e a pressão externa juntamente com uma correção do nível do real.
O resultado da semana apresentou oscilações sem direção firme, fechando com uma leve alta, em R$3,75.
Desta vez, a influência veio do exterior, com uma aproximação dos Estados Unidos e China a respeito de seu embate comercial. Isso gerou um impulso para os ativos americanos, como o próprio dólar e as bolsas de NY.
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