23 de dezembro de 2019

Wrap Up Semanal

Brasil

STF nega pedido de Flávio Bolsonaro contra investigação da Alerj

Essa semana, a defesa do filho do presidente Jair Bolsonaro dirigiu-se ao STF na tentativa de barrar as investigações iniciadas sobre o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro de Flávio, que supostamente ocorria na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

O caso foi reaberto e mirado em Flávio e Queiróz, seu operador financeiro, depois de seis meses travado. O ministério público do Rio de Janeiro cumpriu essa semana também 24 mandados de busca e apreensão relacionados ao caso.

Queiróz teria recebido mais de R$ 2 milhões do filho do presidente, em mais de 480 depósitos e operações financeiras.

O Habeas Corpus ficou de responsabilidade do ministro Gilmar Mendes, que acabou por pedir informações urgentes ao MP-RJ e ao STF. Por fim, a decisão deve ficar com o presidente da corte, Dias Toffoli. A decisão final ainda está em aberto, e as investigações continuam ao redor dos esquemas de Flávio Bolsonaro e o esquema da “rachadinha”.

Brasil vê seu Risco-País chegar ao mínimo desde 2010

O nível de risco brasileiro medido através do CDS (Credit Default Swap) ficou o menor desde 2010, atingindo 98 pontos. Nas últimas nove medidas do índice, ocorreram quedas no risco.

Tal nível de risco demonstra a segurança e confiança dos investidores na economia de dado país, dando fortes indícios sobre perspectivas futuras financeiras.

Também nesta semana, no mesmo dia da nova decisão do Banco Central de cortar a taxa básica de juros, o rating da S&P foi elevado de estável para positivo novamente, ainda assim três níveis abaixo do selo de bom pagador que o Brasil possuía em 2010. No momento, o rating fica em BB-.

Medidas como a reforma da previdência, a reforma tributária e o crescimento do PIB acima do esperado nesse trimestre deram confiança à tais agências para elevar o otimismo perante a economia e a política brasileira futura.

Por outro lado, as melhoras ocorreram, mas não se mostram serem suficientes. O investidor externo continua agindo com precaução, e o ano de 2019 segue caminhando para ser o pior ano desde 1996 em questões de investimentos estrangeiros na Bolsa de Valores. Só no ano, o déficit já chega a R$ 42 bilhões.

IPCA-15 tem alta de 1,05% em dezembro

O IPCA-15, que mede a prévia da inflação na primeira quinzena mensal, teve alta de 1,05% em dezembro. Segundo o IBGE, as carnes contribuíram para 0,46% do aumento, uma vez que seus preços subiram cerca de 17,71% no mesmo mês. Esta é a maior alta em quase vinte anos.

O motivo das carnes estarem mais caras é a peste suína africana, que fez com que a demanda de exportação brasileira aumentasse muito. Com isso, os preços também subiram.

O grupo de alimentação e bebidas, que compõem o IPCA, avançou 2,59% em relação ao mês anterior.

Internacional

Para sair da crise, Argentina aumenta os impostos e diminui os juros

O governo argentino declarou estado de “emergência econômica”. Neste cenário, a Câmara discute algumas ações que podem frear o crescente enfraquecimento econômico do país. Uma das medidas enviadas para o Senado é o aumento da coleta de impostos; apesar de afetar diretamente o bolso da população, a medida, segundo Sergio Massa, é crucial para “colocar a economia em marcha”.

Além disso, o governo também decidiu baixar a taxa de juros. O Banco Central Argentino decidiu reduzir a taxa de juros do país de 63% para 58%. Segundo a entidade, a antiga taxa estava desadequada frente às perspectivas de evolução da conjuntura econômica do país.

Atualmente, a inflação anual da Argentina é superior a 50% e sua dívida futura se aproxima dos US$ 100 bilhões.

União Europeia prolonga sanções a Rússia

O conselho da União Europeia prorrogou a aplicação de sanções à Rússia. A medida visa punir o país por tensões causadas por Moscou na crise separatista no Leste da Ucrânia. A Rússia já vem sofrendo com a medida desde 2014 após anexar a Península da Criméia.

Atualmente, a sanção corta alguns benefícios do país em relação ao bloco europeu. Alguns setores são afetados por não poderem acessar o mercado primário e secundário de capitais da União Europeia. Setores relacionados a defesa e inteligência não podem exportar ou importar nenhum produto bélico assim como tecnologias que facilitariam a exploração de petróleo estão bloqueadas para o país.

Principais índices financeiros


Bolsa

A semana foi mais uma vez de novos recordes para a bolsa de valores brasileira. O Ibovespa chegou a 115.121 pontos no final do pregão da sexta-feira, registrando alta de 2,27% nos últimos cinco dias. A alta do índice é reflexo do otimismo dos investidores com relação as notícias que mostram a melhora da economia brasileira e aumentam a confiança de que o crescimento continuará em 2020.

Entre os destaques das companhias listadas estão a Smiles (SMLS3) e a Gol (GOLL4), que comunicaram um reajuste no preço das passagens e das milhas ofertadas entre elas. Os novos preços entrarão em vigor no dia 1º do próximo mês.

Além disso, a Tupy (TUPY3) também foi uma das ações mais comentadas da bolsa. Os papéis subiram 15% na sexta-feira após o anúncio do acordo para comprar a fundição de ferro Teksid com a FCA (Fiat Chrysler Automobiles).

 

Dólar

O dólar comercial encerrou a sexta-feira cotado a R$ 4,09, registrando a maior alta das últimas seis semanas. Apesar da alta no último dia, na comparação com a cotação do final da semana anterior, a moeda registrou queda de 0,34%.

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