21 de outubro de 2018

Wrap Up Semanal

Brasil

Bolsonaro é acusado de caixa-dois, para compra de notícias falsas a serem enviadas pelo WhatsApp

O candidato à presidência Jair Bolsonaro foi acusado de pagar para ter noticias falsas compartilhadas pelo aplicativo de mensagens WhatsApp. A acusação foi feita pelo Partido dos Trabalhadores (PT) para a Polícia Federal.

O caso foi revelado pela Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, a campanha do candidato teria comprado pacotes de milhões de mensagens falsas que agridem o PT. Estes pacotes custariam cerca de 12 milhões ao PSL e pode ser considerada como doação de empresas, o que configura caixa 2.

Em meio às denuncias, o Whatsapp se posicionou sobre o caso e afirmou que está trabalhando para banir contas que estariam envolvidas na denúncia. No momento do lançamento da notícia, a bolsa, bem como todas as ações pró Bolsonaro, tiveram queda acentuada.

Brasil conclui com o Chile acordo de livre comércio

O Brasil concluiu no dia 19, sexta-feira, o acordo de livre comércio que vinha tratando com o Chile. O novo tratado deve ser assinado até dezembro e inclui 17 novas áreas em que haverá livre circulação de comércios e serviços. Até o momento, ambos os paises já concordaram em extinguir a cobrança de roaming que existe entre eles.

Com o passar do tempo, os países pretendem que seja incluído no acordo, além do livre comércio de eletrônicos e serviços, medidas sanitárias, e ampliar ainda mais a livre telecomunicação entre eles.

O Chile atualmente se configura como o segundo maior parceiro comercial do Brasil na América do Sul e o maior deles na América Latina. Até setembro deste ano, houve um fluxo financeiro de cerca de US$ 7,21 bilhões entre ambos os países.

Uber pretende lançar serviços para garçons e seguranças

A Uber está desenvolvendo um novo serviço de atendimento, Uber Works, no qual o usuário poderá contratar provisoriamente garçons e seguranças. A nova plataforma da empresa irá servir, desta vez, à pessoas jurídicas.

A ideia da empresa é expandir os negócios e se tornar mais do que uma empresa fornecedora de serviços de transporte, e crescer para se tornar referência no que tange serviços de trabalhadores temporários.

O projeto ainda está em fase de elaboração e ainda não há previsão de lançamento da nova plataforma da empresa, porém a Uber já começou a acelerar os processos para realizar o lançamento o mais breve possível

Internacional

Trump adota postura rígida com México para conter imigração ilegal nas fronteiras

Após o fluxo de imigrantes ilegais ter crescido na rota México-Estados Unidos nos últimos meses, o presidente Donald Trump disse em seu twitter que iria fechar a fronteira do Sul do país, caso o México não fosse capaz de conter a entrada de imigrantes ilegais nos Estados Unidos, com auxilio do exército do país.

Apesar da ameaça, o Tenente-coronel Jamie Davis afirmou que não seria possível fornecer o apoio do exército com tropas adicionais.

Além do México, países como Guatemala, Honduras e El Salvador também sofreram ameaças do presidente dos Estados Unidos. Este, por sua vez, retrucou dizendo que cortaria a ajuda estrangeira oferecida por ele caso eles não controlassem a imigração ilegal em seus respectivos países.

PIB Chinês do terceiro trimestre é divulgado

Apesar da previsão média de crescimento de 6,6%, calculada por 14 economistas do “The Wall Street Journal”, o PIB chinês apresentou resultado de crescimento de 6,5% no terceiro trimestre de 2018.

Com esse número, espera-se que até o final do ano a meta de crescimento de aproximadamente 6,5% de Pequim seja concretizada.

No país, a produção industrial subiu 5,8% no mês de setembro, enquanto que as vendas no varejo subiram 9,2% em relação ao mês anterior. Além disso, a taxa de desemprego para o mês de setembro no país ficou em 4,9%. O investimento estrangeiro no país cresceu 8,3%, comparado a um ano atrás.

Principais índices financeiros

Bolsa

Em um momento de aumento da percepção de risco no exterior, o Ibovespa se manteve constante em seus resultados e conseguiu preservar boa parte dos ganhos obtidos após o primeiro turno. Agora, a confirmação do segundo turno e o cenário internacional deverão ditar o rumo da bolsa nos próximos tempos.

Na última sexta feira (19), o Ibovespa fechou em alta de 0,44%, aos 84.220 pontos, na semana o índice subiu 1,27% e no mês já acumula alta de 6,15%. No ano, o Ibovespa sobe 10,23%.

O mercado nas últimas semanas está bastante otimista com a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL), mas é necessário que este cenário se confirme para o índice avançar níveis acima de 90 mil pontos. O mercado também aguardará pela agenda positiva do PSL com relação aos ajustes fiscais e privatizações esperadas pelo mercado.

Na última semana, o aumento da percepção de risco no exterior levou a pressão vendedora estrangeira se sobressair, o que ocasionou na limitação dos ganhos do Ibovespa no dia. Papéis com grande peso no índice como Petrobrás ON (1,01%) e Petrobrás PN (0,86%) fecharam no positivo, já Vale ON (0,05%) e Itaú (-0,10%) tiveram pouca oscilação na rodada.

Dólar

O Banco Central não deve diminuir o estoque de contratos de swaps, mesmo após a grande onda positiva que derrubou o dólar para R$3,70 nas últimas sessões. De acordo com analistas, o cenário ainda exige “pés no chão”, e antes de se desfazer deste meio de proteção, a autoridade monetária pode analisar como os investidores reestruturam suas próprias medidas de hedge na reta final para o resultado do segundo turno.

Na última semana, o dólar caiu para a casa dos R$3,71, com o mês de outubro sendo um período de entusiasmo em relação ao cenário eleitoral brasileiro. Na sexta feira o dólar fechou em baixa de 0,26%, acumulando queda de 8,06% no mês.

Em um dos cenários mais otimistas, o BNP Paribas aposta na baixa do dólar a níveis de R$3,30 para o fim do ano, ou seja, cerca de 10% contra o nível atual de R$3,70. “ O nosso cenário parte do pressuposto de que vamos ter indicação até o final do ano, de que o próximo governo vai atuar para aprovar a reforma da previdência, e melhorar o perfil das conta públicas”, diz o chefe de pesquisa do BNP, José Carlos Farias.

 

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