25 de março de 2019

Wrap Up Semanal

Brasil

Ex-presidente Michel Temer é preso em operação da Lava Jato

Michel Temer foi preso na manhã da última quinta-feira (21), em São Paulo. Temer foi levado para o Aeroporto Internacional de Guarulhos, de onde partiu para o Rio de Janeiro.

Junto a ele, Moreira Franco, ex-governador do Rio de Janeiro, também foi preso por ordem do juiz federal Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, responsável pelas ações de desdobramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.

A prisão de Michel Temer faz parte da Operação Descontaminação, que investiga desvios na Eletronuclear. Até então, foram expedidos oito mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 24 de busca e apreensão.

BC mantém taxa Selic em 6,5% ao ano

A Selic foi mantida em 6,5% ao ano na primeira reunião de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central. Foi a oitava manutenção consecutiva da taxa básica de juros, que corresponde à mais baixa da história.

A expectativa era de que a taxa fosse mantida, uma vez que a economia ainda dá sinais de fragilidade perante o potencial de crescimento do PIB.

Bolsonaro encontra Donald Trump

Jair Bolsonaro (PSL) reuniu-se na última terça-feira (19) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foi um encontro marcado pela troca de afagos entre os líderes e a confirmação de acordos já esperados.

As pautas da reunião foram muito bem aceitas por ambas as partes. Dentre os acordos determinados estão: A autorização para uso comercial da base militar de Alcântara, no Maranhão, o fim da exigência de vistos para cidadãos dos EUA, Canadá, Japão e Austrália que forem visitar o Brasil e uma parceria entre a Polícia Federal e o FBI para a troca de dados biométricos sobre investigados nos dois países.

Internacional

União Europeia abre possibilidade para adiamento do Brexit

A saga de Theresa May para o sucesso do Brexit se estende. O prazo para o fim do acordo da Inglaterra com a União Europeia está cada vez mais próximo e, como o país ainda não garantiu nenhum acordo que fosse positivo para o comércio britânico, coloca o parlamento inglês em um cenário “No Deal”.

Quando há uma cisão de um país com a União Europeia, é seguido o artigo 50 do tratado de Lisboa. Em regra geral, o tratado garante ao país que está rompendo relações com o grupo, um prazo de um ano para criar um cenário estável para sustentar sua saída, o que não aconteceu com a Inglaterra.

Porém, o Conselho da UE, em sua maioria, concordou em rever esta seção do artigo 50, o que pode ser sinônimo de um prazo maior para a Inglaterra se desvincular do grupo.

China pretende expansão do comércio com a América Latina

A China continua a expandir o seu projeto de maior impacto econômico. O BRI (Belt and Road Initiative) tem como propósito expandir a infraestrutura e transporte para ampliar e otimizar as rotas de importação, acessando os mercados internacionais.

O projeto vem criando força desde 2017 e já conta com diversos países da Europa. Porém, o gigante oriental agora busca acessar a América Latina e, por questões de proximidade, o Chile é um grande alvo para a ampliação das relações comerciais.

Por outro lado, o país convive diretamente com o Brasil, por conta da cúpula do BRICS. Ainda há uma certa incerteza sobre as intenções do Brasil diante deste cenário, visto as últimas relações do presidente, Jair Bolsonaro, com Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, principal concorrente da China. Segundo líderes do governo brasileiro, não há planos de romper ou diminuir relações comerciais com a China.

Principais índices financeiros

Bolsa

O desempenho do índice avaliador da bolsa teve diversas turbulências ao longo da semana. Após bater a marca histórica de 100 mil pontos, o Ibovespa teve sua maior queda semanal desde agosto de 2018, fechando a semana em 93.735 pontos, o que corresponde a uma desvalorização acumulada de 5,45% na semana.

As quedas foram marcadas por dois fatos que ocorreram em sequência: Prisão do ex-presidente Michel Temer e o adiamento da escolha do relator da Reforma da Previdência.

Dólar

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (22) sendo cotado a R$ 3,902, com alta de R$ 0,102 (2,69%). O salto fica abaixo apenas do ocorrido em maio de 2017, quando áudios foram divulgados envolvendo o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista.

O motivo se dá principalmente devido aos indicadores, que vieram abaixo do esperado, da Europa e Estados Unidos divulgados esta semana, o que elevou a percepção de risco global, além da prisão do ex-presidente Michel Temer e da troca de farpas ocorrida entre o presidente da Câmara e do presidente Jair Bolsonaro, que pode atrasar ainda mais a tramitação da Reforma da Previdência.

 

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