26 de fevereiro de 2018

Wrap Up Semanal

Brasil

Maia Mostra Distanciamento e refuta “Agenda 15”

Na terça-feira (20/02), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, mostrou-se publicamente contrário a apresentação da lista de 15 projetos prioritários para o governo nacional no Congresso, depois de ter a Reforma da Previdência saído de pauta por conta da intervenção federal no Rio de Janeiro.

Dentre as 15 iniciativas-alvo do governo federal, apenas duas ainda não entraram em tramitação. Porém, Maia anunciou que ignorará a pauta “Nem li e nem vou ler”, declarou o presidente da Câmara.

A área econômica do governo Temer surpreendeu-se com as declarações de Maia e afirmou que o presidente da Câmara, em reunião interna, não havia se posicionado de maneira contrária ao anúncio em momento algum.

O posicionamento de Maia indica um distanciamento dele com o presidente Michel Temer. Com o fim das discussões acerca da Reforma da Previdência e proximidade das eleições, os atritos entre os poderes executivo e legislativo tendem a intensificar.

 

Fundo de Pensão e Aberdeen Unem-se Para Destituir Conselho da BRF

Os fundos de pensão Petros e Previ, enviaram neste sábado (24/02) uma carta solicitando uma assembleia geral extraordinária (AGE) para destituir o conselho de administração da BRF. Apoiados pela gestora britânica Aberdeen.

Os fundos de pensão, de forma conjunta, detêm 22% do capital da BRF. A gestora também é uma das maiores acionistas da empresa, que tem controle pulverizado.

A ideia central da destituição é retirar Abílio Diniz da presidência do conselho administrativo e, possivelmente, dissolver a diretoria executiva. Os investidores entendem que o CEO, José Aurélio Drummond, também deve sair da companhia. Apesar de pouco tempo no cargo e de ser considerado um bom executivo, os investidores estão insatisfeitos com o fato de Drummond não ter se afastado do conselho de administração. O entendimento é que ele segue no conselho para somar votos a Abílio.

Internacional

Ata do Fed revela alta gradual de juros 

A ata da última reunião do Fed (Federal Reserve), ocorrida em 31 de janeiro, foi divulgada na última quarta-feira, dia 21. O documento apontou que haverá aumento dos juros, porém de forma a mantê-los em níveis baixos. A reunião foi a última em que Janet Yellen esteve a frente da autoridade monetária.

Os membros votantes indicaram que irão subir a taxa local para a faixa de 1,25% a 1,50% e o documento foi na contramão de que haverá um aumento agressivo dos juros, ocorrendo três vezes no ano e não quatro, como dito antes. Isto devido a crença da instituição de que ainda que a inflação avance devido a medida de corte de impostos e o aumento gradual de salários, poucos acreditam que resultará em um super aquecimento da economia americana.

Em outro relatório divulgado na sexta feira, dia 23, ao Congresso dos EUA, esteve em linha com a ata e também indicou que a inflação medida no ano que passou estava alta em alguns momentos, porém, em geral, suas expectativas estavam estáveis e continuavam baixas. Este relatório será defendido em primeira aparição pública do novo chairman do FED, Jerome Powell, semana que vem ao Senado e ao Congresso.

A próxima reunião do FED está agendada para dia 21 de março.

Estados Unidos revela novo pacote de sanções duras à Coréia do Norte

Na ultima sexta feira, dia 23, o presidente dos EUA, Donald Trump, revelou um novo pacote de duras sanções a Coréia do Norte. Segundo ele, será o mais rígido visto até hoje. Com isto, o presidente pretende diminuir ao acúmulo de moeda estrangeira no regime de Kim Jon-Un para que então este desacelere seu programa nuclear.

As novas medidas afetam diversas empresas principalmente de transporte e comércio. Foram impactadas cerca de 60 empresas e navios, com o intuito de pressionar o país a entrar em negociações para acabar com o programa de desenvolvimento de armas nucleares e de longa distância, que poderiam atingir o continente americano.

Principais índices financeiros

Bolsa

O Ibovespa encerrou a última semana em nova alta, desta vez de 3,3%. O índice acumula agora oito pregões consecutivos de valorização, e crava nova máxima histórica acima dos 87 mil pontos, marca superada na última quarta-feira. Desta maneira, o índice brasileiro continua a descolar positivamente dos demais principais índices de ações pelo mundo, que embora também tenham reencontrado trajetórias, apresentaram movimentações mais contidas. O S&P 500 encerrou a semana passada em alta de 0,6%, com destaque para os oito pregões de alta entre os últimos dez. Já o MSCI Emerging Markets, embora também com desempenho semanal positivo, de 0,4%, tem apresentado maior alternância entre altas e quedas, não tendo recuperado por enquanto o nível atingido ao final de janeiro. No jargão de mercado, o MSCI tem levado mais tempo para digerir os ganhos expressivos de janeiro (8,3%), trabalhando de forma lateral até que possa retomar sua trajetória de alta. Ao final da semana, o rebaixamento da nota brasileira e seu efeito inócuo no mercado de renda variável vem servir, contra intuitivamente, de alento para os investidores com alguma exposição à bolsa: quanto maior for a percepção de ‘deterioração’ do risco Brasil por ora, maiores serão as oportunidades de valorização para os ativos no futuro próximo. 

Dólar

O dólar encerrou a última semana cotado a R$ 3,24, em leve alta de 0,6% no período. A moeda norte-americana amenizou parcialmente as perdas frente a seus principais pares globais registradas na semana anterior, valorizando-se 0,9% frente ao euro e 1% frente ao franco suíço. Em meio às atenções voltadas à inflação americana e ao futuro comportamento do FED quanto às taxas de juros, investidores têm observado mais de perto a evolução das taxas dos títulos do governo dos EUA, os chamados Treasuries. O vencimento de 10 anos tem sido particularmente seguido de perto, a medida que seu yield se aproxima de 3% ao ano, como um indicador de uma possível escalada mais rápida do que se supõe atualmente para os juros nos EUA, e consequentemente para os títulos de renda fixa em âmbito global. 

 

 

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