20 de abril de 2020

Wrap Up Semanal

Brasil

Bolsonaro demite Mandetta, e convida Nelson Teich para ser novo ministro

Nessa quinta-feira, após algumas semanas de desgaste no relacionamento do presidente da República, Jair Bolsonaro, e o até então Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, terminou em um `divórcio consensual´, como afirmou o próprio presidente.

Luiz Henrique Mandetta foi demitido da posição de Ministro da Saúde, e o novo eleito por Bolsonaro para o cargo será o oncologista Nelson Teich.

O ex-ministro foi cordial nos anúncios, assim como o presidente.

As discussões entre os dois, começaram fortemente ao redor da situação e procedimentos de como lidar com o coronavírus. O ministro seguia um discurso até então mais científico, e defendia o isolamento horizontal da população. Já o presidente, acusando o ministro de ter virado muito político, não concordava com o isolamento. Mandetta, mesmo assim, tinha grande apoio da população. Segundo uma pesquisa da Folha, 64% dos entrevistados considerou um erro a demissão do Ministro, que perdeu grande parte do apoio que possuía perante os militares após uma entrevista dada ao Fantástico. Na noite da demissão, ocorreram uma série de panelaços pelo Brasil, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Enquanto isso, o novo ministro escolhido é visto mais como um coadjuvante para o governo de Bolsonaro, que não afetará os holofotes do presidente. Teich possui um perfil técnico, e tem contatos já dentro de alguns ministérios, como o ministro da economia Paulo Guedes, de Fabio Wajngarten, e do empresário Meyer Nigri, íntimo do presidente; o que deverá facilitar também sua conduta até o final do governo.

 

Mais de R$ 2,2 bilhões são arrecadados por PFs e PJs, para enfrentar coronavírus

Com a pandemia do coronavírus, foi iniciado um movimento de maior solidariedade entre empresas e pessoas físicas no Brasil. O Monitor de Doações do Covid-19 registrou que o montante envolvido chega a mais de R$ 2,2 bilhões já atualmente.

Grande parte das doações, vêm de famílias ou empresas que já tinham algum envolvimento com projetos de engajamento. Do total, aproximadamente 94% vem de empresas e empresários.

A Gife, por exemplo, presidida por Neca Setubal, movimentou mais de R$ 1 bilhão apenas em Março, em diferentes frentes de combate aos efeitos da pandemia. O Itaú, esta semana também, anunciou a doação de R$ 1 bilhão também para a causa, se tornando a maior doação saindo de uma instituição privada para apenas uma causa, na história brasileira.

Com a onde de doações aumentando, o setor financeiro brasileiro ficou responsável por 72% da totalidade dos recursos doados. Outros grandes bancos como o Bradesco e o Safra também estão participando ativamente do movimento, não apenas redirecionando o recurso que já era separado para fins como tal, mas também fazendo grandes novos aportes.

Fundos de doações de pessoas físicas tiveram aumentos significativos também, chegando a doação de R$ 5 milhões no período de 15 dias, mas ainda é bastante desproporcional a diferença dos valores.

Outras empresas e grandes famílias engajadas envolvem o grupo Votorantim, a família do Grupo Pão de Açúcar, e a própria XP, com o grande movimento `Juntos, Transformamos`.

 

Orçamento de Guerra volta à Câmara, Senado aprova em 2o turno

Depois de sofrer alterações, o documento e texto do Orçamento de Guerra voltou para ser votado na Câmara, após ser aprovado novamente pelo Senado nesta sexta-feira (17). O projeto, viabiliza um regime extraordinário em questões financeiras, fiscais, e de contratações no país.

A proposta teve de ser alterada para acatar a sugestão e modificações solicitadas por outras bancadas. Uma das principais alterações feitas, foi a decisão sobre a necessidade de se estabelecer agora um rating mínimo para os ativos que serão comprados e adquiridos pelo Banco Central. A medida busca deixar mais regularizada a atuação do Banco Central na recompra de tais ativos no mercado secundário, estabelecendo um rating mínimo de BB-. O relator no senado, Antonio Anastasia, responsável pelo texto, reforça a necessidade de se estimar um risco de crédito no mercado.

Outra medida comentada durante as últimas semanas também, trata da proibição da distribuição de dividendos por parte de instituições financeiras que venderem títulos ao Banco Central. A reação do setor foi majoritariamente positiva para a decisão.

Ainda, a PEC do Orçamento de Guerra em seu novo formato também regulará a alienação dos ativos que forem comprados pelo Banco Central. Será instaurada a possibilidade de venda de tais ativos após o período do coronavírus, de acordo com a necessidade do órgão público.

Por último, foi admitida uma mudança, autorizando a preferência da ordem de aquisição de tais ativos pelo Banco Central, de emissores que se encaixem em micro, pequenas e médias empresas.

O texto do Orçamento de Guerra interfere principalmente em dois caminhos, desde o início da proposta: na liberação para que o Orçamento não precise seguir a Lei de Responsabilidade Fiscal, sem participar do orçamento regular; e também na atuação do Banco Central, relativo à sua permissão de compras e vendas de ativos públicos e privados no mercado secundário, como está sendo amplamente discutido agora.

 

Internacional

Estados Unidos encerra sua contribuição com a OMS

Trump alega que suspenderá a contribuição, enquanto investiga o órgão. A China é o foco principal da crítica. Segundo o presidente americano, a OMS não pressionou a China por maiores informações quanto à questão do coronavirus, cedendo à influência oriental. Para os Estados Unidos, a organização confiou muito nós dados cedidos pela China, o que pode ter causado prejuízos ao mundo no combate à COVID-19.

Os Estados Unidos são os maiores contribuintes da Organização Mundial da Saúde. É estimado que o aporte é de cerca de US$400 milhões, compondo cerca de 15% do financiamento. A estratégia é vista por analistas como uma forma de Trump reduzir a influência da China.

Shinzo Abe tem o maior índice de reprovação no Japão

O premie japonês e suas tomadas de decisão estão sendo severamente criticadas pela população japonesa. Abe pressiona o governo a gastar cerca de US$450 milhões para comprar máscaras de tecidos, o que por muitos japoneses são consideradas tardias e inadequadas, vem derrubando a popularidade do primeiro ministro.

A “Abenomask”, apelido popular da última medida implantada por Shinzo Abe acompanhou o registro de 47% de reprovação no governo. Segundo outros órgãos de pesquisa, a popularidade do premie caiu 5,5 pontos percentuais.

Principais índices financeiros


Bolsa

O principal índice da bolsa de valores brasileira encerrou a última sexta-feira registrando 78.990 pontos, o que representou uma variação positiva de 1,51%. Na semana, o Ibovespa teve uma valorização de cerca de 1%. Já em relação ao acumulado do ano, o índice segue negativo, com uma baixa expressiva de aproximadamente 31,7% até o momento.

A alta semanal se deve a notícia de que quase 100% dos pacientes tratados com um medicamento antiviral nos Estados Unidos apresentaram quadro de melhora. Tal notícia animou os investidores que preveem um fim mais próximo do Covid-19.

Dólar

O dólar americano encerrou a semana em alta de 2,85% em comparação a moeda brasileira, mantendo o rally de alta da moeda neste ano de 2020. No final da sexta feira, o dólar comercial estava sendo cotada a R$ 5,2

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