10 de agosto de 2020

Wrap Up Semanal

Brasil

Firmino Filho diz que Guedes apoia ISS fora da unificação dos impostos

Na última sexta-feira, o prefeito de Teresina, Firmino Filho, participou de uma videoconferência com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e confirmou que ele apoia que o Imposto sobre Serviços (ISS) seja de competência municipal, fora da unificação dos impostos.

A Proposta de Emenda de Constituição (PEC) 45, pretende substituir os impostos de PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS por apenas um imposto nacional, que seria o Imposto sobre Valor Agregado (IVA). A discussão já foi instaurada no Congresso, e o posicionamento de Guedes, é contrário à grande parte das opiniões.

O principal ponto levantado por Firmino e por Guedes, é de que a economia brasileira atual está muito voltada para a prestação de serviços, com maior sofisticação e também gerando um maior valor agregado, e assim, o ISS, que incide sobre os serviços, ganharia uma representatividade.

Discussão sobre controle de gastos está travada no Planalto, diz Maia

O Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia disse na última sexta-feira, em entrevista ao canal do historiador Marco Antônio Villa, que o governo não possui “apetite” para debater uma melhoria do investimento público durante e após o cenário de pandemia.

A pressão pela ampliação dos gastos públicos para financiar medidas de retomada da economia foi aumentada pela crise sanitária. As principais medidas citadas pelos integrantes da base de apoio de Bolsonaro, são para elevar os investimentos públicos no próximo ano e que haja uma prorrogação do auxílio emergencial até dezembro deste ano.

Durante a entrevista, Maia esclareceu que não acredita que Paulo Guedes não queira debater sobre a melhoria do investimento público, e sim que a discussão está muito travada no Palácio do Planalto, e ele acredita que estão sem “apetite” para tratar deste assunto.

Fábrica para a produção de vacina contra a Covid-19 será montada no Brasil

Um grupo de empresas e fundações anunciou na última sexta-feira que será construída uma fábrica no Brasil para a produção de vacinas contra a Covid-19. A previsão é de que a unidade esteja pronta no começo de 2021, e ela será doada para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Para a primeira etapa deste processo, o custo estimado é de R$ 100 milhões e o objetivo é construir um laboratório para fazer o controle da qualidade de 100 milhões de vacinas que serão importadas a partir de dezembro deste ano. As empresas que fazem parte deste projeto são Ambev, Americanas, Itaú Unibanco e Stone. Ainda, integram esta iniciativa, o Instituto Votorantim, a Fundação Lemann, a Fundação Brava e a Behring Family Foundation.

A vacina que será produzida nesta unidade, é a que está em desenvolvimento na Universidade de Oxford, junto à AstraZeneca, que é um laboratório farmacêutico britânico. O projeto está na fase 3 no Brasil, assim como na África do Sul, Reino Unido e Estados Unidos e a expectativa é de que a vacina seja registrada ainda em 2020.

 

 

Internacional

Rússia e China se polarizam por eleições americanas

Segundo os serviços de inteligência dos Estados Unidos, cada país tem apoio por um dos candidatos e age a favor de seus interesses. A China, temendo a imprevisibilidade do atual presidente, tem apoio por Joe Biden, já a Rússia prefere Trump. Os polos em volta dos candidatos já sofreram acusações por interferirem no eleitorado e, segundo a Casa Branca, o país não tolerará tal interferência na eleição de 2020.

Cada qual a seu modo, China e Rússia buscam converter o eleitorado para seu lado. Segundo William Evanina, responsável pelo Centro Nacional de Contra-Inteligência e Segurança dos EUA, a Rússia tem tomado diversas medidas para denegrir a imagem de Biden. Do outro lado, a China tem tomado um posicionamento mais brando, utilizando seu momento de influência global para tentar coalizar uma força contra Trump. A tensão entre EUA e China aparenta ser crescente, porém a China se demonstra cada vez mais interessada em um diálogo entre os países.

Explosão no Beirute é gota d’água para Libaneses 

A explosão de uma reserva de nitrato de amônia resultou em diversos danos à cidade e a população de Beirute, levando a diversos protestos contra o governo. A forma como os governantes lidaram com a situação aumentou ainda mais a insatisfação do país, que já se descontentava com a situação econômica e política do Líbano.

Por conta disso, uma onda de protestos se iniciou em Beirute. Manifestantes invadiram o Ministério das Relações Exteriores e foram reprimidos pela polícia de choque. Após isso, mais manifestantes foram a uma praça pública para mais protestos. Segundos eles, é preciso derrubar a classe que governa o país.

Principais índices financeiros


Bolsa

A primeira semana de agosto foi marcada por tensão no mercado financeiro. Na sexta-feira, embates entre EUA e China impactaram as bolsas por todo o mundo e aqui no Brasil não foi diferente. O Ibovespa encerrou a semana aos 102.775 pontos, registrando queda leve de 0,05% nos últimos 5 dias úteis.

 

Localmente, pesou a aprovação no Senado de um projeto de medida que quer impor limite de lucro nas operações de cartões de crédito e cheque especial em 30% pelos bancos durante a pandemia. Se aprovado na Câmara, pode ser um divisor de águas, não só para a receita dos bancos, como para o incentivo que estas instituições financeiras têm para oferecer linhas de crédito, tão necessárias neste momento de crise.

 

 

Dólar

O dólar comercial fechou a última sexta-feira cotado a R$ 5,41, o que representou alta de 3,72% na semana, quebrando a sequência de desvalorização da moeda americana frente ao real, que vínhamos acompanhando ultimamente.

 

Analistas atrelaram a alta do dólar na semana como uma recuperação da moeda, depois de ter apresentado queda forte em relação a diversas moedas ao redor do mundo. Além disso, o corte na taxa básica de juros, Selic, em 0,25% na semana, e o fato do COPOM não ter fechado a porta para novos cortes, fez com que a perspectiva de circulação da moeda americana aqui no país caísse.

 

 

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